Desde que a vacina contra COVID-19 entrou no calendário de imunização, muitas dúvidas começaram a surgir, principalmente sobre qual a melhor indicação para cada público e a regularidade com a qual ela deve ser aplicada. Com a chegada da vacina bivalente, a situação não poderia ser diferente. Com essa atualização do imunizante, o principal questionamento que fica para quem já se vacinou é: vou precisar tomar outra dose? Para esclarecer essa e outras dúvidas sobre o assunto, entrevistamos a infectologista Flávia Cohen.
A médica conta que a vacina bivalente para a COVID-19 é uma atualização, em comparação aos imunizantes iniciais. “A Pfizer pôde desenvolver duas novas vacinas bivalentes, com duas sequências de mRNA em cada, sendo uma com codificação para a proteína spike original (Sars-CoV-2) e outra com a da ômicron BA.1 ou da BA.4/BA.5. As vacinas bivalentes são uma combinação do atual imunizante de COVID-19 da Pfizer-BioNTech adaptada à ômicron”.
Isso significa que a diferença dela, comparada às outras vacinas, é que o imunizante oferece proteção contra a cepa original do coronavírus e as sub-variantes da ômicron, o que torna sua cobertura mais ampla.
Toda a população vai precisar tomar esse reforço para ampliar a proteção das novas variantes da COVID-19. Inicialmente, o novo plano de vacinação divulgado pelo Ministério da Saúde vai vacinar os grupos mais expostos ao risco da doença. A especialista divulgou a lista dessas prioridades:
– Pessoas com mais de 60 anos;
– adolescentes em medidas socioeducativas;
– caminhoneiros e caminhoneiras;
– crianças de 6 meses a 4 anos;
– Forças Armadas;
– forças de segurança e salvamento;
– gestantes e puérperas;
– pessoas com deficiência;
– pessoas com comorbidades;
– população privada de liberdade;
– povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
– professoras e professores;
– profissionais de transporte coletivo;
– profissionais portuários;
– profissionais do Sistema de Privação de Liberdade;
– trabalhadoras e trabalhadores da saúde.
A infectologista Flávia Cohen conta que os efeitos são bem parecidos com os das outras vacinas. Veja o que esperar dessas reações:
– Vermelhidão e inchaço no local de aplicação;
– dores de cabeça e pelo corpo;
– náusea;
– fadiga;
– febre;
– calafrios;
– sensação de calor;
– coceira;
– hematomas;
– dores musculares e nas articulações;
– diarreia;
– sintomas semelhantes aos de um resfriado, como dor de garganta, coriza e tosse.
Vale lembrar que a vacinação é uma das formas mais importantes e eficazes de evitar a transmissão da COVID-19. Se você está com alguma dose atrasada, não deixe de procurar o posto de saúde mais próximo da sua casa ou do seu trabalho e se vacine!