As mudanças físicas e mentais impostas pela idade trazem uma série de dificuldades para os idosos e isso não é segredo para ninguém. No entanto, o período de isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus pode aumentar ainda mais os desafios do dia a dia, especialmente para um idoso com osteoporose. Confira!
Um dos desafios durante a quarentena é uma certa dificuldade para fazer exercícios físicos, uma das principais medidas do tratamento da osteoporose. “Tendo em vista que as academias não estão funcionando, fazer musculação fica quase impraticável, sendo necessário desenvolver uma rotina de exercícios para casa”, afirma o ortopedista Mário Soares.
Segundo o médico, a musculação é necessária para evitar a atrofia dos músculos, problema que pode agravar um quadro de osteoporose. “Muito pode ser feito em casa com o peso do próprio corpo e sem necessidade de nenhum aparelho específico”, informa o especialista. Ele recomenda ainda fazer abdominais, agachamentos, alongamentos da coluna e polichinelos. Vale lembrar que qualquer prática deve ser feita com ajuda e aprovação de profissionais.
Outro desafio enfrentado pelos idosos é a dificuldade de se movimentar pela casa. Como muitos estão sozinhos durante o período da pandemia, fica mais difícil pedir ajuda em casos de acidentes e mais difícil ainda lidar com as limitações impostas por uma fratura. “Os acidentes domésticos são as maiores causas de fraturas em pacientes com osteoporose. Fraturas na coluna, punho e quadril são altamente debilitantes e, muitas vezes, requerem cirurgias”, alerta Dr. Soares.
Para evitar o risco de acidentes, o idoso com osteoporose precisa redobrar a atenção e adotar algumas medidas. “Evitar levantar-se rapidamente quando estiver deitado ou sentado, evitar obstáculos pelo caminho da casa, como móveis e tapetes e ter cuidado com animais domésticos para não tropeçar” são algumas recomendações do ortopedista. O especialista também indica empurrar móveis para ter espaço ao fazer exercícios e manter uma alimentação normal para evitar a redução dos níveis de açúcar no sangue e, consequentemente, quedas.