Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), as fraturas ósseas decorrentes da osteoporose afetam pelo menos 30% da pessoas com mais de 60 anos. Elas são uma das principais complicações da doença e podem comprometer a movimentação e a qualidade de vida dos pacientes, principalmente dos idosos. Entre as lesões mais comuns estão as fraturas por compressão, que atingem as vértebras da coluna.
“Geralmente, quando se cai sentado com impacto vertical sobre a coluna, podem ocorrer fraturas compressivas nas vértebras. Elas são assim denominadas porque causam a diminuição da altura do corpo. No entanto, nem sempre há necessidade de traumas significativos para que elas ocorram. Em alguns casos, quando a doença é avançada, pequenos impactos, como solavancos, também podem causar esse tipo de lesão. Às vezes, o paciente não percebe de imediato o momento da lesão”, explica o geriatra Leonardo Minozzo.
De acordo com o especialista, “é fundamental fazer uma boa investigação dessas fraturas porque elas podem nos mostrar a necessidade de intensificar o tratamento para osteoporose”, já que as fraturas por compressão costumam indicar a possibilidade de novas fraturas. Entretanto, vale lembrar que elas nem sempre são causadas pela osteoporose. Tumores ósseos, por exemplo, também podem provocar seu surgimento.
Segundo Dr. Minozzo, a maior parte dessas fraturas evolui para quadros sem dor depois de alguns meses. “O tratamento costuma ser conservador, ou seja, sem intervenção cirúrgica. São usados analgésicos e medicações para osteoporose e é indicado ficar de repouso, fazer fisioterapia específica e, muitas vezes, usar coletes e bloqueios nervosos para reduzir a dor. Quando essa forma de tratamento não é efetiva, a cirurgia pode ser indicada”, informa o médico.
Existem ainda outras medidas que podem não só ajudar no tratamento, como também atuar na prevenção da osteoporose e, consequentemente, diminuir o risco de sofrer fraturas. É recomendado manter uma alimentação balanceada e rica em vitamina D e cálcio, nutrientes que fortalecem os ossos, praticar exercícios físicos de fortalecimento muscular e evitar hábitos nocivos à saúde, como o alcoolismo e o tabagismo. O acompanhamento com um especialista também é fundamental para avaliar a evolução da doença.