Fazer exercícios físicos regularmente é um hábito muito indicado pelos médicos devido a sua importância para a saúde, ajudando na prevenção e no tratamento de incontáveis doenças. No entanto, quando praticada de forma muito intensa, a atividade física pode ter o efeito oposto, facilitando o desenvolvimento da osteoartrite, por exemplo, e até piorando o quadro.
“Os exercícios físicos de maior intensidade podem exigir mais da estrutura das articulações (tendões, cartilagens e ossos) e provocar um processo inflamatório que pode perdurar. Isto pode acontecer se o exercício for demasiadamente intenso ou prolongado, especialmente no início de um programa de exercícios“, afirma o especialista em Medicina do Exercício e do Esporte João Felipe Franca.
“Em indivíduos que têm maior predisposição à osteoartrite, os exercícios físicos mais intensos podem ser um gatilho para o início ou agudização da doença”, afirma o médico. Entre os grupos com mais chances de desenvolver o problema estão os idosos, as mulheres, pacientes com deformações ósseas e com outras doenças, como diabetes, obesidade e gota.
Segundo Dr. Franca, é possível perceber se uma prática está sendo prejudicial ao corpo: “Exercícios não devem causar dor e não é comum ter dor muscular insuportável durante ou após os exercícios. O recomendado é fazê-los dentro do desconforto tolerável. Se doer, pode-se dizer que o indivíduo não está fazendo corretamente ou não está pronto para aquele tipo de exercício”.
Se as dores nas articulações ficarem em níveis acima do tolerável nos dias seguintes à prática, é importante suspender os exercícios até o desaparecimento do sintoma. Pequenas mudanças no programa, como menos tempo e menos intensidade, podem melhorar a situação. De qualquer forma, não deixe de conversar com o médico e outros profissionais de saúde sobre a doença e as atividades indicadas.