O paciente com a doença de Alzheimer depende de um cuidador, pois a doença o torna dependente e incapaz de realizar diversas atividades cotidianas por conta própria. Dessa forma, o cuidador tem uma função trabalhosa e de responsabilidade, que muitas vezes o esgota. Por isso, muitos desses profissionais acabam enfrentando momentos de estresse em sua função.
“O estresse do cuidador é uma realidade incômoda, mas que pode ser contornada caso sejam adotadas algumas estratégias. Em primeiro lugar, deve-se aceitar ajuda, pois o cuidador também precisa respirar. Saber dizer ‘não’ aos pedidos que podem aumentar seu estresse é outra dica valiosa”, informa a geriatra Aline Ferreira.
Outras dicas para o cuidador lidar com o estresse: ter conhecimento pleno sobre os comportamentos do paciente com a doença de Alzheimer, entendendo que ele não faz por mal; estabelecer metas pessoais de saúde, como rotina de sono, tempo para atividade física e dieta equilibrada; e estabelecer metas realistas e uma rotina diária, buscando fazer uma coisa por vez. Isso ajuda a manter a calma e a ordem na mente. “Se você não cuidar de si mesmo, não será capaz de cuidar de outra pessoa”, completa Aline.
Pessoas que sofrem de estresse do cuidador podem ser vulneráveis a mudanças na sua própria saúde. Alguns sinais desse tipo de estresse: sensação de opressão ou de preocupação constantes; sonolência excessiva ou insônia; ganho ou perda de peso; irritação; tristeza; sensação de cansaço a maior parte do tempo; perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas; dores de cabeça e/ou dores em outras regiões do corpo; abuso de álcool, fumo e até mesmo de medicações.
“O cuidador, na maioria das vezes, negligencia sua própria qualidade de vida e aumenta o risco de doenças cardíacas, diabetes, depressão, ansiedade, dentre outras doenças. Além disso, quando o cuidador não se encontra bem, o cuidado com o idoso também acaba ficando prejudicado”, conclui a geriatra.