O mal de Alzheimer afeta o cérebro de forma progressiva, comprometendo não apenas a memória, mas também o comportamento, movimentação, inteligência e até a fala do paciente. O processo de degeneração em questão está associado à destruição de componentes essenciais do cérebro. Como os danos causados são irreversíveis, o tratamento adequado visa retardar o avanço da doença e garantir mais tempo e qualidade de vida para o paciente.
“No caso do paciente com Alzheimer, ocorre uma atrofia global do cérebro, especialmente nas regiões têmporo-parietais. A partir dos 30 anos de idade, perdemos 1% da função de cada órgão e o cérebro acompanha com diminuição dos neurônios e sinapses. Na doença de Alzheimer, essa perda é mais acentuada e mais localizada”, explica o geriatra José Eduardo Martinelli.
Segundo o especialista, também se fazem presentes na doença de Alzheimer os emaranhados neurofibrilares e as placas senis, que podem ser encontrados em idosos sem demência. “Contudo, nos pacientes que apresentam o problema, essas lesões se concentram no hipocampo, que é a região responsável pela memória”, explica Martinelli.
O passar do tempo com a doença ativa no organismo faz com que as conexões cerebrais existentes entre os neurônios do córtex sejam destruídas, o que gera o encolhimento do córtex. Esse encolhimento chega até o hipocampo e faz com que o Alzheimer avance para outras áreas do cérebro, destruindo células e neurônios.
Para retardar a progressão da doença, o ideal é aderir o quanto antes ao tratamento adequado recomendado por um especialista. Este deverá se basear no uso de medicamento específico para “frear” os sintomas, além de medidas que estimulem a mente e a cognição do paciente (leitura, escrita, jogos, socialização, atividade física, etc.).