O tratamento atual do mal de Alzheimer não permite curar a doença. Entretanto, os avanços da medicina têm dado mais qualidade de vida aos pacientes, inclusive na fase grave. O objetivo do tratamento com medicações é aliviar os sintomas existentes, de modo a estabilizar ou retardar a progressão da perda da memória, proporcionando mais independência nas atividades do dia a dia por mais tempo.
“Acredita-se que parte dos sintomas da doença de Alzheimer seja resultado da redução dos níveis de acetilcolina presentes no cérebro. Um modo possível de tratar o problema é utilizar medicações que inibem a degradação dessa substância”, afirma a geriatra Aline Bandeira. É o caso dos medicamentos compostos por inibidores da acetilcolinesterase.
Segundo a médica, o efeito esperado com o uso desta classe de medicação é uma melhora inicial dos sintomas. Evidências mostram a estabilização parcial da progressão da demência, tornando-a mais lenta. Já a cognição, o comportamento e a funcionalidade do paciente estabilizam, ou até melhoram, e os benefícios começam a ser observados entre a oitava e a 12ª semana de tratamento.
“A memantina é outra medicação aprovada para o tratamento da doença de Alzheimer nas fases moderada e grave. Atua em receptores envolvidos em impulsos nervosos, em áreas do cérebro relacionadas à aprendizagem e memória, melhorando a transmissão dos sinais nervosos e, consequentemente, a memória”, explica a profissional. Há efeitos positivos para a cognição, o estado mental e para a impressão clínica global, que avalia a gravidade da doença e a resposta ao tratamento.
Os sintomas comportamentais e psicológicos podem ser tratados ainda com medicações específicas e controladas. Muitas delas, com expectativa de bons resultados, podem ser indicadas para o tratamento e o controle de agitação, agressividade, alterações do sono, depressão, ansiedade, apatia, delírios e alucinações. O mais importante é detectar a doença precocemente e iniciar o tratamento ainda no início do Alzheimer.
Para saber mais sobre o assunto, leia também nossa matéria sobre como diferenciar os sinais de Alzheimer do envelhecimento natural do corpo.