O mal de Alzheimer é uma doença que transcorre de maneira progressiva, ou seja, desde que se estabelece, seus sintomas apenas se intensificam. Com a evolução dos sinais ao longo do tempo, o quadro pode ser dividido em fases ou estágios, normalmente classificados em leve, moderado e grave ou inicial, intermediário e avançado.
“De acordo com a Associação Brasileira de Neurologia (ABN), os estágios do Alzheimer são: leve moderado e grave. Com base nesses estágios, consegue-se identificar alguns comportamentos manifestados em diversos momentos da doença. Esses comportamentos são classificados de acordo com a Clinical Dementia Rating (CDR), que, traduzindo, significa algo como estadiamento clínico da demência”, informa o geriatra José Eduardo Martinelli.
Na classificação do CDR, os sintomas do Alzheimer são divididos em cinco momentos da doença: sem demência, demência questionável, demência média, demência moderada e demência severa. No primeiro, não há nenhum tipo de comprometimento, seja da memória ou do comportamento do paciente. Já no segundo, começam a aparecer as primeiras “baixas”, como pequenos esquecimentos e leve dificuldade intelectual e de interação social.
“O paciente com demência média já teve perda de memória significativa, com esquecimento para fatos recentes, especialmente, e não consegue mais ser totalmente independente para interagir socialmente e realizar atividades que normalmente estava acostumado a fazer sozinho. Quando a demência chega nos estágios moderado e severo, a memória já está muito comprometida e o paciente se torna completamente dependente dos familiares e/ou cuidadores para fazer tudo”.
Segundo o médico, não há o que fazer para que um estágio não evolua para outro mais avançado. A evolução vai ocorrer independente do tempo de doença. “Há pessoas que evoluem mais rapidamente e outras que demoram mais. Em geral, quando a doença se inicia antes dos 65 anos, parece que os sintomas evoluem mais rapidamente. Isso tudo também depende dos níveis de escolaridade, intelectualidade e sociabilidade do paciente”, completa o médico.
Já que o Alzheimer não pode ser curado, nem revertido, o objetivo do tratamento é retardar a progressão da doença, garantindo maior qualidade de vida ao paciente, pelo maior tempo possível.