Aposentada da Bahia sofre isquemia cerebral duas vezes

A isquemia cerebral é um tipo de acidente vascular cerebral, ou AVC. O problema é resultado da interrupção ou da redução do fluxo de sangue e de oxigênio no cérebro. A doença surge inesperadamente, como aconteceu no o caso de Isabel G. R. Com 92 anos, tinha uma vida comum e ativa no ambiente rural: aposentada, cuidava do seu sítio, onde capinava e plantava mandioca.

Problemas para falar e andar são sintomas da isquemia cerebral

Tudo mudou depois de uma viagem, em novembro de 2016. “A minha mãe viajou e, quando voltou, eu notei que ela estava com dificuldade para andar, para falar e para se lembrar das coisas”, explica a filha de Isabel, Vera Lucia. Ao perceberem as mudanças, mãe e filha procuraram um cardiologista para descobrir o que poderia estar acontecendo.

O médico, então, pediu para que Isabel realizasse alguns exames. O diagnóstico foi isquemia cerebral. Mas, esta foi apenas a primeira vez que o problema afetaria a aposentada. Pouco tempo depois, logo após um caso de diarreia, a moradora de Itabuna, na Bahia, precisou lidar com o problema pela segunda vez.

Desde então, o tratamento prescrito pelo cardiologista de Isabel tem sido eficaz na prevenção de um novo caso de isquemia. “Ela ainda luta para falar e para se lembrar, mas está ótima. A gente ainda fica com medo, mas ela voltou a ir para o sítio, voltou a plantar mandioca”, diz Vera Lucia.

Isquemia pode ser transitória e sumir sem deixar vestígios

Apesar de a filha ter notado alguns sintomas em sua mãe, em alguns casos, a doença pode passar despercebida. “Às vezes, a isquemia cerebral é muito pequena e o paciente tem poucos sintomas. Outra situação que dificulta o diagnóstico clínico é quando a isquemia é transitória. A pessoa tem o déficit neurológico súbito, mas em questão de horas tudo volta ao normal, sem sequelas”, explica o cardiologista Francisco Flavio Costa Filho. Por isso, caso note algum sinal atípico em um familiar, mesmo que seja transitório, procure ajuda médica.