Tosse, chiado e dores no peito, sudorese, lábios azulados e falta de ar são alguns dos principais sintomas vistos em pessoas com asma e que podem piorar à noite ou durante a prática de atividades físicas. A doença é caracterizada pela inflamação das vias aéreas, canais por onde o ar passa, o que dificulta o transporte de oxigênio até o pulmão.
De acordo com o pneumologista Ramiro Sienra, a asma é uma doença que começa tipicamente na infância ou na fase adulta, mas que também pode se iniciar mais raramente na terceira idade. Casos com sintomas parecidos com os da asma devem ser analisados profundamente para avaliar outros problemas graves, como pneumonia, insuficiência cardíaca, enfisema e embolia pulmonar.
Já nos indivíduos em que o diagnóstico é preciso, existem alguns cuidados especiais. Um deles diz respeito ao uso das bombinhas, os dispositivos que liberam as medicações inalatórias. “Alguns idosos não têm força nas mãos nem a coordenação para usá-las corretamente. Deve haver substituição do dispositivo por medicações que possam ser usadas na forma de nebulizações, as chamadas ‘inalações’”, explica o profissional.
A doença também precisa de um acompanhamento constante já que, segundo Sienra, as pessoas perdem a reserva respiratória conforme envelhecem. Aos 80 anos, os idosos têm cerca de 70% da capacidade de um adulto de 20 anos. “Além disso, os idosos são mais propensos a adquirir infecções respiratórias, desde gripes e resfriados a pneumonias. Existe um risco maior de que as crises de asma evoluam para insuficiência respiratória nessa faixa etária”, complementa o médico.
Principalmente na terceira idade, se consultar com um médico de confiança é fundamental para que sejam feitas avaliações holísticas do paciente e uma boa gestão das medicações e, assim, evitar quaisquer efeitos. Complicações em outras doenças podem agravar o quadro de asma e, por isso, esses outros problemas de saúde devem estar sob controle para garantir uma boa qualidade de vida ao paciente.