A osteoporose é uma doença metabólica muito mais comum em mulheres do que em homens. A razão é hormonal: Com a chegada da menopausa, o corpo reduz drasticamente a produção de estrogênio, os ossos perdem poder de calcificação e ficam mais frágeis. Por ser uma doença sem cura, o tratamento busca melhorar a qualidade de vida do paciente e, ao mesmo tempo, frear a progressão da doença, reduzindo potenciais riscos.
Como deve ser a alimentação do paciente com osteoporose?
Para prevenir a redução da massa óssea, deve-se manter o equilíbrio entre a ingestão e absorção de cálcio e suas perdas. “A absorção de cálcio diminui com a idade e é menor nas mulheres portadoras de osteoporose”, explica Dr. Andre Leon Nahmias, especialista em Ginecologia e Obstetrícia. “Tanto para a prevenção como para o tratamento, mulheres na pré-menopausa, na pós-menopausa e homens precisam ingerir entre 1000 e 1500 mg de cálcio/dia”. Outro componente importante nessa dieta é a vitamina D, que facilita a absorção intestinal de cálcio e sua incorporação nos ossos. “A suplementação da vitamina D é indicada sempre que a absorção intestinal estiver diminuída”.
Exercícios físicos: Mais mobilidade e qualidade de vida
A atividade física promove ganho de massa muscular, aumento da massa óssea (ou redução de sua perda), maior tolerância ao esforço e melhor equilíbrio, o que diminui o risco de quedas e fraturas. “Os exercícios físicos regulares possibilitam a manutenção da independência física para realização das atividades da vida diária e melhor qualidade de vida”, explica Nahmias.
A atividade física é uma das estratégias mais eficientes na prevenção da osteoporose, mas é preciso tomar alguns cuidados. “A maioria dos pacientes não faz exercícios rotineiramente, por isso, deve procurar um profissional de educação física, além de realizar exames cardiológicos antes de iniciar a atividade”, alerta o médico.
A importância da medicação para o tratamento
O tratamento da osteoporose também passa pelo uso de remédios, que são fundamentais para deter o avanço da doença e frear o enfraquecimento dos ossos. Como a doença não tem cura, é importante disciplina no uso da medicação, seguindo atentamente a orientação médica.
É importante notar que a osteoporose é uma doença silenciosa, sem sintomas, e o tratamento com medicamentos não traz mudanças visíveis para o paciente, mas o uso contínuo é fundamental para inibir a perda da massa óssea e impedir consequências graves da osteoporose, como fraturas.
Reposição hormonal pode ajudar na prevenção
A deficiência de estrogênio é apontada como uma causa primária de perda de massa óssea após a menopausa e, por isso, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de osteoporose em mulheres. A reposição hormonal faz parte da prevenção da osteoporose pós menopausa, mas não é usada como tratamento. “A reposição deve ser iniciada logo após a menopausa e controlada por um ginecologista, devido aos seus potenciais efeitos adversos”, explica o especialista.
Outros pequenos cuidados no dia a dia
A maior parte das fraturas provocadas pela osteoporose surge depois de uma queda ou algum outro tipo de trauma. Por isso, com algumas mudanças bem simples, aplicáveis no dia a dia, você pode reduzir riscos desnecessários. “Cuidados com pisos deslizantes, iluminação no interior da casa, posição dos móveis, corrimão nas escadas e proteção em banheiros são medidas que evitam quedas, principalmente de idosos”, conclui.