Cerca de 25% das pessoas ao redor do planeta irão contrair uma parasitose intestinal em algum momento da vida, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC). A entidade afirma ainda que a transmissão desse problema depende das condições sanitárias e de higiene de um local. Entenda como isso funciona!
“Uma das formas de contágio da parasitose intestinal é pela pele, através do contato direto com o chão contaminado com algumas larvas, como solos com esgoto a céu aberto ou perto de rios contaminados”, explica o gastroenterologista Alexandre de Sousa Carlos. Há casos também de contágio por meio de animais que vivem nesses lugares, como cães e gatos, e que passam o parasita para os seres humanos.
Essas condições são mais frequentemente encontradas em áreas rurais e em bairros ou cidades mais pobres, sem coleta e tratamento de esgoto. Às vezes, até mesmo sem água tratada. Nessas regiões, é comum encontrar crianças brincando descalças em lugares contaminados, o que torna as parasitoses intestinais mais comuns na infância.
Outras maneiras de contrair uma parasitose intestinal envolvem o consumo de água ou de alimentos contaminados e, no caso específico da enterobiose, também chamada oxiurose, o contágio interpessoal. Seja pela pele ou via oral, o parasita entra no corpo humano e se desloca até o intestino, onde se aloja, se alimenta e se reproduz.
Para evitar esse problema de saúde, existem algumas medidas que devem ser adotadas. “A melhor forma de se prevenir são as medidas de higiene, como lavar sempre as mãos após usar o banheiro e antes da manipulação dos alimentos, beber água filtrada, higienizar frutas e verduras e andar calçado em locais possivelmente contaminados”, recomenda o médico. Parte da solução também vem da administração pública, que deve investir em saneamento básico.
Dados da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC): https://www.sbmfc.org.br/parasitoses-intestinais/