As parasitoses intestinais, de acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), atingem cerca de 25% da população, constituindo o grupo de doenças mais comum do mundo. As mais frequentes são a amebíase, ascaridíase, tricuríase, enterobíase ou oxiuríase, ancilostomíase, esquistossomose, estrongiloidíase, giardíase e teníase. Veja quais são os sintomas dos casos graves de parasitoses intestinais.
Embora alguns quadros de infecções intestinais possam ser assintomáticos, a gastroenterologista Fernanda Oliverio alerta para os sintomas de casos mais graves. “Pacientes devem procurar um médico na emergência quando têm diarreia várias vezes ao dia com presença de sangue, dor muito forte na barriga, febre alta ou caso não estejam conseguindo comer ou beber, pois podem estar apresentando alguma parasitose com complicações graves. Casos em que há perda de peso muito rápida e intensa, anemia crônica ou anemia importante e saída de vermes pela boca ou nariz também devem passar por uma consulta médica”, recomenda a especialista.
O diagnóstico precoce é fundamental para diagnosticar os casos graves de parasitoses intestinais, controlar a doença e impedir o surgimento de complicações mais severas. “Alguns parasitas intestinais, como ameba e tênia, podem atingir o sistema nervoso central e provocar manifestações neurológicas, como convulsões, desmaios ou perda de força em algum membro”, explica a médica.
A transmissão das parasitoses intestinais ocorre principalmente de duas formas: por meio da água e de comida contaminadas. O contato com fezes de pessoas ou de animais doentes e o contato direto dos pés com o chão também são formas de contágio. O quadro é considerado um problema de saúde pública, pois tem relação direta com as condições sanitárias do ambiente em que o paciente está inserido.
Existem algumas medidas simples que são indicadas pela SBMFC para evitar o problema: deve-se sempre lavar os alimentos crus, cozinhar e assar bem as carnes, filtrar ou ferver a água antes de consumi-la, lavar as mãos e não andar descalço em solos que podem ter risco de contaminação. Já o tratamento é feito com medicações específicas e o tempo pode variar de acordo com o agente causador da doença.
Dados da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC): https://www.sbmfc.org.br/parasitoses-intestinais/