Existem casos em que o tecido estomacal fica mais vulnerável ao ácido gástrico e aos sucos digestivos responsáveis pela digestão dos alimentos. Como consequência, formam-se feridas nas paredes que revestem e protegem o estômago, conhecidas como úlceras estomacais. Indigestão, sensação de queimação, dores e vômitos são alguns dos sintomas do problema. Veja quando o tratamento das úlceras estomacais precisa ser feito com cirurgias.
“As causas mais comuns de úlceras estomacais são a infecção pela bactéria H. pylori e o uso anti-inflamatórios não esteroides. As cirurgias são recomendadas para o tratamento apenas em complicações, como perfuração e estenoses e em raros casos de sangramento”, explica o gastroenterologista Fábio Maximiano.
A H. pylori está presente em pelo menos 50% dos casos de úlceras. Por isso, o problema tende a ser resolvido apenas com o tratamento para erradicar a bactéria e estabilizar a acidez estomacal, o que é feito, em geral, com medicamentos antibióticos e inibidores de acidez. O tratamento das úlceras estomacais com cirurgias é mais incomum, destinado apenas para os quadros com complicações mais sérias e que colocam a vida do paciente em risco, como as lesões profundas, hemorragias e câncer.
Vale destacar que alguns alimentos, principalmente os gordurosos e com pH ácido, podem agravar um quadro de úlceras. É recomendado evitar bebidas com cafeína, refrigerantes, bebidas alcoólicas, frituras, doces, molhos e condimentos fortes ou apimentados, como curry, ketchup, vinagre e mostarda. Além disso, outros fatores de risco frequentes são o tabagismo, o estresse e situações que desestabilizam o sistema imunológico.
Por outro lado, uma dieta adequada pode facilitar o processo de digestão e os desconfortos causados pelo excesso de ácido estomacal. Frutas não ácidas, verduras, legumes e grãos são exemplos de bons aliados contra a acidez. Refeições menores, mais leves e feitas com intervalos menores também ajudam os sintomas de dor e queimação. É importante lembrar que a automedicação traz riscos à saúde e que, ao notar os sintomas, deve-se procurar um especialista.