Cuidar da própria higiene e prestar atenção às condições da água e dos alimentos ingeridos no dia a dia não são frescuras. Existe uma série de micro-organismos que entram no corpo humano e causam infecções devido à falta desses cuidados. A blastocistose é um exemplo. Veja quais são os principais sintomas dessa parasitose intestinal e saiba como é possível preveni-la e tratá-la.
“Blastocystis hominis é o protozoário causador da infecção intestinal denominada blastocistose humana”, afirma o infectologista e epidemiologista Bruno Scarpellini. Segundo o médico, os sintomas mais frequentemente vistos em pacientes durante a infecção são dores abdominais, náuseas, vômitos, diarreia, flatulência e sensação de mal-estar.
Diante desses sintomas, é fundamental procurar ajuda médica. O diagnóstico da blastocistose, apesar de ser considerado difícil por alguns profissionais, é realizado por meio de exames parasitológicos que buscam a presença de cistos em amostras de fezes do paciente. Após a confirmação do quadro, é hora de iniciar o tratamento.
Para o tratamento da blastocistose, em geral, o especialista em infecções prescreve um antibiótico com atuação antiparasitária. Podem ser indicados ainda medicações para aliviar os sintomas. É necessário também reforçar a alimentação e o consumo de água potável para evitar perda de peso e desidratação, especialmente nas crianças e nos idosos, grupos mais afetados pelas parasitoses intestinais.
Já para a prevenção da blastocistose, é fundamental evitar o consumo de água e de alimentos que possam estar contaminados com fezes. “Deve-se lavar as mãos depois de usar o banheiro e antes de preparar alimentos e lavar bem e desinfetar vegetais e frutas antes de ingeri-los”, recomenda Dr. Scarpellini.
“Em regiões com condições precárias de saneamento e água não segura, é importante ferver a água antes de beber e ao preparar alimentos, especialmente, para higienizar vegetais. Em creches com crianças que usam fraldas, utilizar critérios rígidos de higiene e lavar as mãos com água morna e sabão todas as vezes que trocar fraldas, mesmo usando luvas”, acrescenta o médico.