O “amarelão” (ancilostomose) é uma doença causada por vermes das espécies Necator americanus e Ancylostoma duodenale. As formas adultas desses parasitas intestinais se instalam no tubo digestivo dos seres humanos, onde se fixam no intestino delgado, nutrindo-se de sangue do hospedeiro. Dentre os sintomas, destacam-se fraqueza, anemia e cor da pele amarelada.
“Os sintomas mais comuns do quadro de amarelão incluem diarreia crônica, anemia crônica – causando palidez que dá à pele uma coloração amarelada – indisposição e fraqueza. Também podem ocorrer sintomas respiratórios devido à fase pulmonar do ciclo de vida do parasita”, informa a infectologista Diana Ventura.
Segundo a especialista, a doença é transmitida através da penetração ativa de pequenas larvas infectantes na pele de um indivíduo que tenha tido contato com ambientes propensos. O solo é um dos principais ambientes perigosos nesse contexto. Nele podem haver fezes contaminadas por ovos que eclodem e desenvolvem as larvas.
“Depois que as larvas passam pela epiderme, atingem a corrente sanguínea, seguindo em direção aos alvéolos pulmonares. Por meio das vias respiratórias elas se deslocam pela traqueia até a laringe, onde são deglutidas com os alimentos ingeridos, passando pelo esôfago, estômago e alcançando a parede do intestino. Neste local se reproduzem, eliminando ovos juntamente com as fezes”, explica a médica.
O tratamento é realizado com antiparasitários específicos para cada parasita e medicações sintomáticas para diarreia, cólicas, entre outros. Também pode ser necessário o tratamento da anemia, em casos mais crônicos, com reposição de ferro. “Além disso, são importantes algumas medidas preventivas, como utilização de calçados em solo potencialmente contaminado e cuidados adequados de higiene pessoal, principalmente com crianças pequenas, que frequentemente brincam com terra”, orienta a especialista.