Creches e escolas são ambientes propícios à transmissão de parasitoses intestinais, já que as crianças formam o grupo mais frequentemente contaminado. Isso acontece porque os pequenos não têm muito conhecimento sobre a importância da higiene pessoal. Pais, professores e cuidadores devem, portanto, adotar alguns cuidados para ajudá-los a evitar parasitoses intestinais.
A gastroenterologista Amanda Medeiros cita algumas medidas simples que evitam as infecções causadas pelos parasitas intestinais, tanto na escola quanto nas casas das crianças:
– Lavar as mãos antes do consumo de alimentos e após o uso do banheiro;
– ensinar a lavar as frutas antes de comê-las, com água filtrada ou fervida;
– proteger os alimentos contra insetos;
– não oferecer às crianças alimentos crus, defumados ou mal cozidos.
Segundo a médica, é importante ainda impedir que as crianças andem descalças em locais arenosos que animais também tenham acesso. “Manter os animais domésticos vacinados e vermifugados, além de recolher suas fezes para locais seguros, já que podem ser fontes de contaminação, manter as unhas curtas e limpas e não compartilhar roupas íntimas” são outras dicas da profissional.
Vale lembrar também da importância da hidratação adequada e de uma alimentação rica nos mais diversos nutrientes não só em casa, mas também nas refeições feitas na escola e na creche, onde as crianças passam boa parte do dia. Um corpo bem nutrido se recupera mais fácil das alterações causadas pelas parasitoses intestinais e tem menos risco de sofrer com complicações graves, como a desnutrição.
De acordo com Doutora Amanda, as crianças de 2 a 6 anos que frequentam creches apresentam maior prevalência de parasitoses quando comparadas às crianças que não frequentam estas instituições. Esse risco é maior em escolas públicas de regiões pobres do país, geralmente localizadas em locais com baixos índices socioeconômicos, onde predominam condições ruins de higiene e de saneamento básico e onde a população tem baixa escolaridade.