Água fria ou quente? Qual é a temperatura adequada em caso de gripe e febre?

De modo geral, tomar banho é sempre recomendado em casos de febre, seja ela associada à gripe ou não. Porém, é preciso escolher a temperatura da água mais adequada para o bem-estar do paciente. Como a febre eleva significativamente a temperatura corporal, o banho de água quente ajuda a manter o indivíduo com o corpo quente, o que não é bom. Por isso, os pacientes devem preferir tomar banho com água morna ou fria.  

“O médico costuma pedir ao paciente que adote medidas como tomar banho e utilizar toalhas ou compressas geladas para auxiliar na redução da febre. Além disso, também indica o uso de medicamentos que tenham a mesma finalidade”, afirma o clínico geral Caio Matsubara. “Deve-se evitar tomar banho com água quente para não aumentar ainda mais a temperatura corporal e ter risco de agravar os prejuízos da febre no corpo”, completa o médico.

 

Banho de água fria deve ser tomado apenas quando a febre for alta

 

Contudo, o banho de água morna ou fria não deve ser tomado quando a febre ainda está baixa. Quando a água fria entra em contato com o corpo, ela “rouba” calor do mesmo. Se um indivíduo com febre baixa usa logo essa medida, isso pode acabar “mascarando” uma febre maior que estaria por vir e impedindo seu tratamento precoce.

Quando a temperatura do corpo sobe, ultrapassando 37,8 graus, o recomendado é tomar um antitérmico. Já caso o remédio não faça efeito e a temperatura continua aumentando, ultrapassando os 38 graus e chegando a 38,5, o melhor a fazer é tomar um banho de água fria, para impedir que a febre fique muito alta e cause um mal-estar significativo ao paciente.

 

Crianças pequenas precisam mais do banho frio

 

O banho de água fria se torna mais frequente nos casos das crianças, especialmente as pequenas, já que costumam ter febre alta com mais facilidade. Isso tem a ver com o fato do sistema imunológico delas ser imaturo e pouco desenvolvido. Também por isso, quadros infecciosos que cursam com febre se tornam mais perigosos em crianças, exigindo uma atenção maior.