A osteoartrite consiste no desgaste da cartilagem, o que põe em risco ossos e articulações. Nesse sentido, estalidos e crepitações podem ser interpretados com maior preocupação, como se fossem indícios do problema. A associação até pode ser feita em alguns casos, mas nem sempre, pois esses sinais também aparecem com certa frequência em pessoas que não sofrem com osteoartrite.
“Estalos e crepitações são coisas diferentes. O estalido é um som que pode acontecer quando ligamentos e tendões ao redor de uma articulação – como, por exemplo, o joelho – se esticam à medida que passam por uma proeminência óssea e depois se encaixam novamente, causando esse ruído. Isso também pode acontecer por contato de ossos”, informa a reumatologista Licia Mota.
O estalido nem sempre é patológico, nem sempre representa doença. Ou seja, sua relação com a osteoartrite não é tão próxima. Já a crepitação é mais comum de ser sentida por pacientes que sofrem com a doença. “O som da crepitação é muito mais fino, mais sentido do que ouvido. É uma sensação de como se houvesse areia dentro da articulação”, explica a médica.
Segundo a especialista, é bastante comum a interpretação da crepitação como sendo decorrente de uma “poeira” da cartilagem dentro da articulação. É como se pequenos pedaços de cartilagem ficassem soltos e com a movimentação da articulação a passagem desses pequenos pedaços leva à crepitação. “Isso tem a ver com a osteoartrite, que é a degeneração da cartilagem”, afirma Mota.
Para prevenir e tratar a osteoartrite é fundamental adotar as principais medidas indicadas no tratamento, como fortalecimento da musculatura no entorno das articulações e combate ao sobrepeso para proteger essas estruturas do impacto. Além disso, é primordial o tratamento medicamentoso, tendo em vista que os remédios ajudam a frear o processo de desgaste da cartilagem que define a doença.
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