Um dos principais sintomas de infarto, a dor no peito deve ser sempre avaliada com atenção e preocupação. Porém, nem sempre esta sensação representa um infarto, já que também tem presença marcante em outros quadros clínicos. Para saber se a dor no peito em questão está ou não ligada a um possível infarto, deve-se, junto de um médico especialista, analisar outros fatores.
“Muita gente costuma associar dor no peito a problemas de coração. De fato, este é o sintoma mais comum do infarto, porém não é o único. Além disso, há outros problemas que provocam dor no peito, como doença do refluxo gastroesofágico, excesso de gases, pleurite (inflamação na membrana do pulmão), inflamação da musculatura peitoral, osteocondrite, dentre outros”, informa a cardiologista Bruna Baptistini.
Ainda segundo a especialista, para que se faça o diagnóstico correto da causa da dor torácica, é preciso caracterizar de onde ela vem, se irradia para outro local, sua duração e se é acompanhada de outros sintomas. “Em um caso de infarto, a dor no peito é aguda, dura, geralmente, mais de 20 minutos, e pode irradiar para o braço, ombro esquerdo, região do pescoço e mandíbula”, explica a médica.
A dor pode ser do tipo aperto/pressão, queimação ou “em facada” e pode vir acompanhada de outros sintomas, como falta de ar, sudorese, palidez e tontura. Já a dor no peito provocada por lesões musculares se dá em decorrência da prática de alguma atividade física, na maioria das vezes. “No entanto, o incômodo também pode acontecer após atividades simples, como tossir muito ou pegar objetos pesados”, acrescenta Baptistini.
É importante ter em mente que a ocorrência de infarto é muito maior em pacientes com pressão alta. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a hipertensão é responsável por parte dos casos de infartos que acontecem no país. Portanto, pacientes com essa condição devem manter o tratamento constante para controle do quadro, com uso de medicamentos específicos, além de hábitos de vida saudáveis.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia: http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2016/05_HIPERTENSAO_ARTERIAL.pdf
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