Excesso de gases, causas e explicações

Estudos indicam que um adulto pode expelir gases, em média, 20 vezes por dia, a eliminação em excesso pode ocorrer por falta de exercícios físicos,  problemas gastrointestinais ou alimentação. Apesar desse excesso gerar constrangimento e preocupação em algumas pessoas, a gastroenterologista Amanda Buchmann tem uma boa notícia! “Embora a passagem excessiva de flatos ou seu mau cheiro possa ser uma fonte de embaraço para o paciente, raramente é associada a uma doença grave”, explica a médica.

Excesso de gases no organismo

A produção de gases acontece durante a digestão e é normal no organismo. Porém, alguns alimentos dependem de um esforço a mais para serem digeridos, os principais são aqueles ricos em carboidratos, enxofre, farinhas e bebidas gaseificadas. Nesses casos eles são fermentados por bactérias da flora intestinal gerando as flatulências (gases expelidos pelo ânus).

Apesar disso, é importante ficar atento a alguns sinais capazes de indicar que algo está errado. “Devemos suspeitar de alguma doença quando há febre, perda de peso não explicada, dores abdominais associadas a fezes escuras e mal cheirosas e diarreia por mais de cinco dias“, explica a médica. Diante desses sintomas, é preciso procurar um clínico geral ou gastroenterologista rapidamente.

Entre os problemas que provocam a flatulência em excesso, estão:

Forte cheiro dos gases 


Já para o forte cheiro dos gases, a explicação está na alimentação: “O odor ofensivo, quando presente, pode ser resultado de compostos contendo enxofre, tais como metanotiol, sulfureto de dimetilo e sulfureto de hidrogênio, bem como ácidos graxos de cadeia curta, indóis, aminas voláteis e amônia”, diz a especialista. Leite, cebola e alho são alguns exemplos.

Existem algumas formas de prevenir e tratar o excesso de flatulência. “Limitar a ingestão de alimentos conhecidos como produtores de gás, como repolho, brócolis, trigo e batata, deve ser recomendado como início à terapia. Medicamentos que fazem com que as bolhas de gás quebrem e se dissolvam são amplamente utilizados”, recomenda a especialista. Já se há suspeita de supercrescimento bacteriano, é possível recorrer ao tratamento com antibióticos. 

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