Existe mais de um tipo de depressão? Saiba mais sobre a doença!

A depressão é um dos transtornos psiquiátricos mais frequentes no Brasil e no mundo e chama atenção pelo crescimento considerável do número de diagnósticos, que leva médicos e cientistas a investigarem a doença a fundo. Para facilitar a compreensão dos mais diversos casos, a depressão é dividida em tipos e, segundo a psiquiatra Érika Mendonça de Morais, existem duas classificações principais. 

Depressão é dividida de acordo com duração das crises


A primeira é a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, chamada pela sigla CID, enquanto a outra é o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais, representado pela sigla DSM-5. “Eles classificam de forma diferente, mas o CID é mais usado e mais simples. CID pensa em termos de tempo, se é um episódio ou mais e quanto tempo dura um episódio de depressão”, explica a médica.

Dentro da classificação CID, existem três tipos principais de depressão. “A depressão pode ocorrer como um episódio, que chamamos de transtorno depressivo maior, pode ocorrer de forma recorrente, quando há mais de um episódio ao longo da vida, e como um quadro crônico com sintomas presentes por pelo menos dois anos, a distimia”, afirma a profissional.

Diferentes tipos de depressão têm sintomas e tratamento parecidos


As principais diferenças entre esses tipos de depressão estão relacionadas ao número e à duração dos episódios. Já as semelhanças são muitas, como cita Érika: “Os principais sintomas são humor deprimido na maior parte do dia e na maioria dos dias, perda de prazer nas atividades,
falta de energia e dificuldade para se concentrar”. Além disso, irritabilidade e insônia também podem estar presentes.

Já o tratamento, de acordo com a psiquiatra, não apresenta diferenças. Todos os tipos de depressão devem ser tratados com a associação entre a psicoterapia e o uso de medicações antidepressivas, cujas doses e tempo de consumo serão decididos individualmente. É importante ainda buscar hábitos saudáveis, como praticar exercícios físicos e se alimentar bem.

Foto: Shutterstock