Viver em um local ensolarado auxilia de maneira importante a manutenção de níveis satisfatórios de vitamina D, mas isso não impede a deficiência dessa vitamina. Isso porque hoje muitas pessoas trabalham o dia todo dentro de escritórios, com pouco contato com os raios solares, e dessa maneira não conseguem fazer a síntese da vitamina D no organismo.
“Uma série de fatores podem embasar o aumento da deficiência de Vitamina D, mesmo em um país muito ensolarado. Contudo, uma das principais linhas de estudo é a pouca exposição solar da população nos dias atuais. Vale destacar o número crescente da população que trabalha em ambientes fechados e tendem a sair menos de casa”, explica a nutricionista Ana Paula Moura.
É importante ressaltar que não se deve deixar de usar o protetor solar em nenhuma hipótese, até porque esta ação isolada não solucionaria a hipovitaminose D. “A vitamina D é ativada na pele pelos raios solares e sua exposição ideal é de 10 a 20 minutos ao dia em braços, pernas ou tronco. Sendo assim, deixar de proteger o rosto com filtro solar e andar até a padaria, por exemplo, não vai aumentar a ativação da vitamina D, mas sim o risco de câncer de pele”.
A suplementação de vitamina D, quando diagnosticada a deficiência, é recomendada, pois esta vitamina tem inúmeras funções no organismo e a sua falta pode causar ou agravar uma série de doenças como, artrites, doenças cardiovasculares, esclerose múltipla e até depressão, além de comprometer o sistema imunológico.
Mesmo com a indicação de suplementação, é essencial buscar a vitamina D na alimentação, pois para compensar a sua deficiência deve-se apostar em todas as frentes. “Manter a ingestão de alimentos fontes de vitamina D e se expor ao sol conforme orientação é essencial”, afirma a especialista. Peixes e frutos do mar (salmão, sardinha, mariscos, ostras), ovos, cogumelo, leite e fígado são alguns dos alimentos mais ricos no nutriente.
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