Está na fila do banco ou esperando para ser atendido no consultório médico e não consegue parar de mexer as pernas? Fique atento, já que a inquietação psicomotora pode ser um sinal de ansiedade. “A inquietação não necessariamente ocorre apenas nas pernas. A pessoa pode mexer pernas, braços, mãos, andar de um lado para o outro e ter dificuldade para ficar parada”, afirma a psiquiatra Érika Mendonça de Morais.
No entanto, a agitação das pernas não é o único sinal da ansiedade. Sudorese, tensão muscular, aumento ou diminuição do apetite podem ser consequências de um nível maior de ansiedade e podem passar despercebidos no dia a dia. Dificuldades para pegar no sono ou para permanecer dormindo ao longo da noite também acometem frequentemente quem sofre com ansiedade.
Por outro lado, há também um quadro neurológico chamado de síndrome das pernas inquietas. Apesar de não ser considerado sintoma de ansiedade, o problema deve ser tratado adequadamente. “Nesta doença, os sintomas aparecem principalmente durante o sono: a pessoa dorme mal, tem cansaço e grande sonolência diurna. Acredita-se que seja causada por deficiência de dopamina e ferro”, diz a médica.
“Se a pessoa suspeita que está sofrendo de um transtorno de ansiedade, deve procurar um médico psiquiatra para ser avaliada e iniciar o tratamento adequado, caso o diagnóstico seja confirmado”, afirma a especialista. Seguindo as medidas indicadas à risca, há boas chances de reduzir os níveis de ansiedade e de controlar o transtorno.
Para tratar a ansiedade leve e moderada, os psiquiatras costumam prescrever o uso de medicações e fitoterápicos, além da realização de sessões de terapia com um profissional qualificado. Exercícios físicos e atividades relaxantes, como o yoga, também são importantes e devem estar associados à alimentação balanceada e à adoção dos hábitos relacionados à higiene do sono.
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