O tratamento da esquizofrenia depende da combinação de diferentes medidas terapêuticas, com o objetivo de estabilizar os sintomas e garantir ao paciente maior qualidade de vida. Por mais que a medida principal seja o uso de medicamentos, outras abordagens também são importantes.
“As terapias têm o papel adjuvante no tratamento de um paciente com esquizofrenia. Isso significa que elas são essenciais para auxílio na melhora dos sintomas e na manutenção da estabilização clínica”, afirma a psiquiatra Luciana Staut. Dentre as terapias, destacam-se a cognitiva, comportamental, familiar e de grupo.
Porém, a única medida do tratamento que pode ser considerada imprescindível é mesmo o uso de medicamentos. Inclusive, o paciente pode encontrar melhora apenas com os remédios. “De fato é viável o tratamento apenas com medicação, mas quando estes são associados às terapias, os resultados tendem a ser mais promissores. As terapias auxiliam até mesmo para que o paciente possa utilizar doses menores de medicação”, afirma Luciana.
Manter um tratamento contra esquizofrenia com todas as medidas, mas sem os remédios, por outro lado, é considerado muito arriscado. “O paciente não pode ficar sem medicação, por mais que o quadro seja leve, pois a cada crise ele poderá apresentar piora. Mas vale sempre ressaltar que cada caso deve ser tratado individualmente, em conjunto com médico, paciente e familiares”, alerta a psiquiatra.
É importante ressaltar ainda não há cura para a esquizofrenia, mas que a adesão adequada ao tratamento é capaz de amenizar os sintomas e controlar as crises, permitindo ao paciente desfrutar da vida com o máximo possível de qualidade. Para isso, é necessário que o uso do remédio, assim como as consultas terapêuticas, sejam contínuos. O tratamento inadequado e/ou abandonado compromete a saúde mental do paciente e pode, inclusive, agravar a doença.
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