Pare de fumar: o tabagismo é um fator no desenvolvimento da osteoporose?

Não são poucos os problemas que o cigarro é capaz de causar à saúde do corpo. Fumar pode provocar infarto do miocárdio, derrame cerebral, bronquite crônica, câncer no pulmão e na boca. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é responsável por mais de cinco milhões de óbitos por ano, sendo a terceira principal causa de morte evitável.

Combinação perigosa

Como se todos esses fatores não fossem suficientes, há ainda uma relação entre o cigarro e a osteoporose, como explica o ortopedista Paulo Roberto Dias dos Santos: “​O tabagismo é considerado um dos fatores de risco para a osteoporose. Sabe-se que o fumo está diretamente associado à diminuição da massa óssea.”

Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, divulgado em 2006, indicou que os problemas não se restringem apenas aos fumantes ativos. As mulheres não fumantes, mas expostas à fumaça tóxica, também sofrem as consequências e têm maior perda da densidade óssea e mais risco de apresentar fraturas.

Riscos maiores nas mulheres

Como as mulheres são as que mais desenvolvem a osteoporose, elas precisam ficar atentas a esse fator de risco que pode multiplicar as chances de ter a doença, sejam fumantes ativas ou passivas. Exercícios físicos, exposição ao sol, dieta rica em cálcio e vitamina D e, claro, o abandono do vício de fumar, podem retardar a diminuição natural de massa óssea.

O tabagismo afeta ainda a recuperação de procedimentos cirúrgicos. “Muitos estudos apontaram que as complicações pós-operatórias em fumantes são mais frequentes que os não fumantes e, nos casos de fraturas, retarda o processo de consolidação óssea”, afirma o ortopedista.