Coceira na garganta e muitos espirros podem ser sintomas de rinite alérgica.

Coceira na garganta e muitos espirros podem ser sintomas de rinite alérgica. Veja como lidar com essa condição!

Coceira na garganta e espirros frequentes são incômodos que muitas pessoas enfrentam, principalmente em certas estações do ano como na primavera. Esses sintomas podem ser muito mais do que um incômodo passageiro. Na verdade, eles são possíveis indicativos de um quadro de rinite alérgica, uma condição comum que, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), afeta 30% da população brasileira. Para obter uma compreensão mais profunda dessa condição, recorremos à Dra. Danielly Andrade, otorrinolaringologista especializada em Rinologia, que compartilhou informações valiosas sobre a rinite alérgica com a gente. Veja só!

 

Rinite alérgica: o que é e quais são seus sintomas?

 

A rinite alérgica é uma condição crônica que afeta as vias respiratórias superiores, causando uma série de sintomas que incomodam bastante. Entre os indícios mais comuns estão a coceira na garganta, espirros frequentes, nariz escorrendo e olhos lacrimejantes. Essas manifestações podem variar de leves a graves, dependendo da sensibilidade de cada paciente e dos alérgenos que eles estão expostos.

 

A Dra. Danielly Andrade também acrescenta: “Não há diferença entre sintomas comuns dessas doenças, porém, após um diagnóstico específico, determinamos se os sintomas são crônicos ou não, se há sinais infecciosos ou não, se o fator alérgeno pode ser determinado, se as manifestações da rinite se repetem e com qual frequência. Desta forma, através de um diagnóstico médico de um otorrinolaringologista especializado em Rinologia podemos tratar corretamente”. 

 

Coceira na garganta: saiba mais sobre esse sintoma da rinite alérgica

 

A coceira na garganta é um dos sintomas mais incômodos da rinite alérgica. Ela ocorre devido à inflamação das vias aéreas superiores, causada pela reação alérgica a partículas no ar, como pólen, ácaros, pelos de animais e mofo. A coceira na garganta pode ser acompanhada de dor e irritação, tornando as atividades diárias, como comer e falar, desconfortáveis.

 

Espirrando muito: veja porque isso acontece numa crise de rinite alérgica

 

Os espirros frequentes são outra característica marcante da rinite alérgica. Quando o nariz e a garganta detectam um agente alérgico, o corpo reage espirrando para expulsá-lo. Isso pode levar a uma série de espirros consecutivos, prejudicando a qualidade de vida e interferindo nas atividades cotidianas.

 

Nariz escorrendo e olhos lacrimejantes são outros sintomas da rinite

 

Além da coceira na garganta e dos espirros, a rinite alérgica muitas vezes causa o nariz escorrendo, conhecido tecnicamente como coriza, e olhos lacrimejantes. A coriza é resultado do aumento da produção de muco nasal, uma resposta à presença de alérgenos. Os olhos lacrimejantes, por outro lado, ocorrem devido à inflamação das membranas mucosas oculares. 

 

Como lidar com a rinite alérgica? Veja as formas de tratamento

 

Embora a rinite alérgica possa ser desafiadora, existem várias maneiras de lidar com essa condição e aliviar seus sintomas. É o que explica a Dra. Danielly Andrade: “O primeiro passo é o controle do ambiente, dos fatores desencadeantes e a lavagem nasal. O paciente precisa entender que os cuidados devem ser diários e rotineiros. O segundo passo será um tratamento específico para a rinite de cada paciente, alguns necessitarão de antialérgicos, alguns de imunoterapia, outros de tratamentos tópicos nasais.”

 

Além disso, lavar o nariz diariamente com soro fisiológico ou solução salina indicada pelo seu otorrinolaringologista e manter os ambientes sempre limpos e secos são medidas importantes. Evitar tapetes, cortinas e bichos de pelúcia, que podem ser fatores alérgenos identificados durante a consulta médica, também é fundamental.

 

Além desses, Dra. Danielly ressalta outros cuidados para aliviar as crises de rinite: “O alergista é um grande aliado ao tratamento das rinites, sempre recomendo um acompanhamento conjunto, principalmente nos casos refratários (quando o paciente não apresenta uma melhora significativa). Mas é sempre importante passar por uma avaliação com o otorrino logo no início, pois, além do tratamento clínico, iremos avaliar a anatomia do nariz do paciente, se há desvio de septo, rinossinusites crônicas e aumento de cornetos”, apontou. Todas essas alterações pioram muito as crises de rinite por serem obstrutivas e podem atrapalhar o sucesso dos tratamentos clínicos.