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Protetor solar facial: dermatologista indica o melhor produto para o verão

Uma rotina de cuidados com a pele não está completa se não inclui um protetor solar facial antes de sair de casa. Importante para evitar manchas e o envelhecimento precoce, ele passa a ser indispensável com a chegada do verão e do calor extremo na maior parte do dia, já que nosso rosto fica exposto à luz solar diretamente. Mas será que precisamos usar um produto específico para essa região ou o mesmo que aplicamos no corpo basta? Para entendermos qual o papel do protetor solar facial, conversamos com o dermatologista Lucas Miranda. Confira!

Protetor solar deve ser específico para o rosto?

O protetor solar, seja ele indicado para o rosto ou não, irá proteger a sua pele dos raios ultravioletas. Mas os específicos para essa parte do corpo possuem alguns benefícios que os usados no restante do corpo não irão te oferecer e podem evitar o aparecimento de problemas dermatológicos. “O protetor solar facial costuma ter características específicas adequadas ao rosto e a cada tipo de pele. O problema de usar o protetor solar corporal no rosto é que, ele vai proteger do sol, mas provavelmente vai desencadear insatisfações em relação ao teor de oleosidade ou ressecamento da pele”, explica Dr. Miranda. 
O dermatologista ainda lembra que alguns protetores solares faciais também possuem pigmentação, o que ajuda a proteger a pele do rosto contra alguns tipos de luzes visíveis, como a de telas de computadores e monitores, que também podem prejudicar a pele por conta da exposição prolongada. 

FPS não é o único fator importante na escolha do seu protetor solar

É comum comprarmos o protetor solar de acordo com o Fator de Proteção Solar (FPS) que aparece no rótulo. Mas sabia que esse não é o único número que devemos levar em consideração na hora de escolher qual protetor solar facial vamos usar? Enquanto o FPS indica a proteção contra os raios UVB, o poder de bloquear a radiação UVA (que causa o envelhecimento precoce e o escurecimento da pele) é indicada pelo índice PPD (Persistent Pigment Darkening ou Escurecimento Persistente do Pigmento).
De acordo com Dr. Lucas Miranda, o protetor ideal deve ter PPD equivalente a um terço do FPS. “A recomendação é de que o índice FPS seja pelo menos 30 com PPD de, no mínimo, 10”, afirma o dermatologista. Mas também existem protetores com FPS 50 ou mais que ajudam a manter a proteção da pele do paciente mesmo que a quantidade que ele aplique seja inferior à necessária.

Seu tipo de pele pode influenciar a escolha do protetor solar facial

Na hora de escolher o melhor protetor solar facial para você é preciso levar algumas características da sua pele em consideração. Para facilitar sua vida, pedimos ao Dr. Lucas Miranda para listar as características ideais de protetores solares faciais de cada tipo de pele. 

Como aplicar o protetor solar da maneira correta?

Além de escolher um produto de acordo com o seu tipo de pele, a aplicação do seu protetor facial também influencia a sua eficácia. A quantidade de protetor aplicada no rosto deve ser suficiente para cobrir a pele, mas o ideal é que a pele o absorva não ficando aparente que o você o está usando. Passando de menos, a cobertura pode não ser total e a sua proteção pode sair prejudicada. “Aplicando incorretamente a proteção é comprometida. Tanto a quantidade, quanto a frequência de reaplicação são essenciais para garantir que a proteção indicada no rótulo ocorra adequadamente”, explica Dr. Miranda.

Para evitar que você fique com o rosto esbranquiçado ao passar o protetor solar, siga a indicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): A proporção é de uma colher de chá para o rosto (incluindo pescoço e cabeça, caso esta fique descoberta), uma colher de chá de protetor para a parte da frente do tronco e outra para a parte de trás, uma colher de chá para cada braço, uma colher de chá para a parte da frente de cada perna e outra para a parte de trás de cada perna. “Não é preciso passar protetor solar nas regiões que estão cobertas por roupa, chapéus e etc. Mas ele deve ser usado em todas as partes do corpo que ficam expostas, descobertas, independente de estarmos ao ar livre ou dentro de casa”, alerta o dermatologista.

Também é importante lembrar de reaplicar o protetor a cada três horas para garantir a proteção da pele de acordo com recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Nos dias de calor excessivo ou caso você vá nadar, é importante reaplicar o protetor solar em intervalos ainda menores para garantir que a proteção não se vá com a água. “Independente de estarmos ao ar livre ou em ambiente fechado, nublado ou com sol quente, também é importante seguir essas orientações de reaplicação. Não se esquecer também do dorso das mãos, que muitas vezes são negligenciadas, e um dos locais mais comuns em incidência do câncer de pele”, aponta Dr. Miranda.