Os casos de diarreia apresentam, em geral, duração curta e são autolimitados. “Este período costuma variar entre cinco e sete dias”, afirma o gastroenterologista Alexandre de Sousa Carlos. Contudo, há quadros de diarreia mais prolongados, que exigem uma investigação mais profunda.
Segundo o médico, o tempo não é o maior determinante de gravidade na diarreia. O que faz com que ela seja considerada perigosa é a presença de sinais de alarme, tais como desidratação, vômitos constantes, febre alta persistente, sangue ou muco nas fezes e perda ponderal importante.
Tanto a diarreia persistente (mais longa) quanto a aguda (mais curta) apresentam causas semelhantes, sendo as infecciosas (por vírus, bactérias e protozoários) as mais frequentes. “Daí a necessidade do tratamento de suporte (hidratação com dieta) e uso de antibióticos e/ou antiparasitários (em casos de giardíase, amebíase)”.
Os tratamentos das diarreias de duração breve e prolongada são individualizados, devido às particularidades de cada uma. “A diarreia de curta duração deve ser tratada apenas com medidas de suporte (hidratação, dieta e sintomáticos), enquanto as mais prolongadas necessitam de exames complementares em busca da etiologia específica e do tratamento direcionado”. A suplementação de zinco também pode ser indicada, para ajudar a repor esse mineral importante no organismo.
A diarreia persistente (ou crônica) costuma durar entre três e quatro semanas e pode indicar males como a síndrome do intestino irritado ou outros mais graves, tais quais a doença de Crohn e colites ulcerosas. Tanto ela quanto a aguda podem ser amenizadas com a adoção de práticas saudáveis. Manter uma dieta balanceada, por exemplo, pode acelerar a recuperação.
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