O tratamento da osteoporose, na maioria das vezes, é feito com o uso de medicamentos, uma medida bastante eficiente em controlar o processo de perda da massa óssea. Mesmo assim, outras abordagens também são importantes, como a prática regular de atividade física, que ajuda na proteção e no fortalecimento dos ossos.
“A atividade física é essencial no tratamento da osteoporose, porque os músculos influenciam nos ossos. Quando você faz uma atividade, mesmo uma simples, como a caminhada, os ossos estão sendo tracionados pelos músculos, o que deixa-os mais fortes”, informa o geriatra José Eduardo Martinelli.
Se uma pessoa fratura o punho e usa gesso da mão até quase o cotovelo por cerca 45 dias, por exemplo, ao retirar o gesso, ela irá perceber que o braço estará mais fino do que o outro, que não foi imobilizado. “Isso significa que há perda de massa óssea localizada simplesmente pelo desuso. Logo, o exercício regular colabora com o tratamento medicamentoso”, explica o médico.
Além de fortalecer ossos e músculos, a atividade física trabalha o equilíbrio, a flexibilidade e a postura. Sendo assim, o paciente não apenas conta com ossos mais fortes e protegidos, mas também diminui seu próprio risco de quedas. “Dizemos que o idoso ativo cai menos que o sedentário porque a atividade física faz com que sua massa muscular seja mais potente do que aquele que não faz qualquer exercício físico”, afirma o geriatra.
Os exercícios mais indicados são os aeróbicos (corrida, caminhada, ciclismo, natação, pulo de corda etc), pois geram menor impacto e usam menos carga que os exercícios anaeróbicos (musculação, por exemplo). Ainda assim, todo exercício será, em algum nível, benéfico no tratamento da osteoporose. “Pode-se concluir que toda atividade de resistência aumenta a massa muscular e, como consequência, torna os ossos mais fortes”, completa Martinelli.