A doença de Alzheimer tem como principal sintoma a perda de memória recente. Por isso que em muitas ocasiões os pacientes esquecem o conteúdo que acabaram de absorver. Por outro lado, as memórias antigas tendem a se manter preservadas por mais tempo. Isso acontece devido à forma como a doença afeta, em geral, o cérebro dos pacientes.
“O idoso costuma falar mais sobre o passado e menos sobre o presente porque a memória recente é a primeira a ser comprometida. Isso se deve ao fato da doença de Alzheimer afetar, inicialmente, algumas regiões do cérebro que são responsáveis justamente pela memória de curto prazo”, explica a geriatra Thaisa Segura.
Apesar do paciente ter essa tendência a falar mais sobre o passado, pode chegar um momento que nem mesmo as lembranças antigas vão se salvar. Afinal, a doença é progressiva, o que significa que cada vez mais vai comprometendo a memória, inclusive as mais remotas. Quando o paciente não se trata devidamente, os riscos disso acontecer aumentam consideravelmente, já que a doença progride com maior velocidade.
A principal medida do tratamento do Alzheimer é o uso de medicamentos, pois apenas com essa abordagem farmacológica o paciente consegue retardar a progressão da doença. Além desses remédios, que atuam diretamente na parte neurológica, podem ser indicados medicações de outras espécies, tais como antipsicóticos, analgésicos e antidepressivos, visando outros sintomas.
“Em relação à terapia não farmacológica, destacam-se as seguintes medidas: reabilitação cognitiva, controle adequado da pressão arterial e/ou diabetes, cessação do tabagismo e prática regular de exercícios físicos. Tais intervenções visam retardar a progressão da doença, visto que, atualmente, ainda não existe terapia curativa para a doença de Alzheimer”, afirma Dra. Thaísa.