De olho no estresse: entenda como a tensão e a ansiedade podem elevar a pressão arterial

A hipertensão é uma doença que afeta a vida de muitos brasileiros. Causada por inúmeros fatores, como a alimentação cheia de refeições gordurosas e não balanceadas e a falta de exercícios físicos, além de fatores genéticos, ela pode levar o corpo a desenvolver muitas complicações que, em alguns casos, podem ser fatais.

Problemas no trabalho, brigas em família e contas a pagar geram estresse e podem contribuir para aumentar a pressão arterial. Quando isso acontece, o organismo se prepara para uma verdadeira batalha. Ele libera hormônios, como a adrenalina, na corrente sanguínea, que chegam ao cérebro e aos músculos. O corpo permanece em estado de alerta, pronto para uma situação de perigo.

Tensão e ansiedade permanentes: estresse crônico

Depois de um tempo, tudo volta às condições normais. O problema é quando o organismo é exposto constantemente a essas situações e chega o estado de estresse crônico, que é contínuo e prolongado. “A tensão e a ansiedade permanentes estimulam centros cerebrais, cuja resposta conduz à contração dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial”, explica o cardiologista José Antonio Franchini Ramires.

Pessoas com empregos estressantes e ritmo de vida acelerado têm mais chances de sofrer com problemas decorrentes da hipertensão, como um infarto ou um acidente vascular cerebral, conhecido pela sigla AVC. “Isso foi comprovado em motoristas de caminhão, que precisam cumprir horário para entregas em locais de muito tráfego”, conta o cardiologista.

Uma vida mais tranquila

O estresse produz ainda outros efeitos negativos. Problemas de concentração, baixo apetite sexual, baixa imunidade e irritação constante são alguns deles. Segundo Ramires, para tratar do problema é preciso ir direto à raiz: eliminar as causas do estresse, trocando de emprego ou se mudando para uma cidade mais calma, por exemplo.

Para os hipertensos, a saída também passa por um controle rígido da pressão arterial, com visitas frequentes ao médico e a prática de atividades físicas. O cardiologista ainda chama atenção para o consumo exagerado de sal. “A necessidade de sal diária é de cerca de 2 a 4 gramas ao dia, somando tudo que se comer com sal, desde a manhã até a hora de dormir”, alerta o médico.