Açúcar mascavo: por ser mais natural, ele é mais seguro para diabéticos?

Natural e saudável. Esta é a imagem que as pessoas têm do açúcar mascavo, retirado diretamente do caldo de cana concentrado. Ele não passa por processos químicos de branqueamento, o que lhe confere um tom dourado ou marrom-escuro. No entanto, por ser mais natural que as versões cristal ou refinado, ele é mais seguro para diabéticos ou não tem nada a ver?

O que há de diferente no açúcar mascavo?


A diferença principal do açúcar mascavo para o refinado é a ausência do processo de refinamento. Por isso, ele é mais saudável e nutritivo, mantendo a quantidade de ferro, cálcio, sais minerais e de vitaminas encontradas na cana de açúcar.

Em relação ao diabetes, as recomendações médicas são as mesmas para o açúcar mascavo, segundo a nutricionista Caroline Codonho:  “Ele não é indicado para diabéticos, assim como o açúcar refinado. A grande verdade é que apenas a técnica de processamento é diferente e ele não sofre o branqueamento”, explica.

Alerta vermelho


Ele pode ser consumido por pessoas com diabetes, desde que com precauções e em quantidades adequadas. Em termos de calorias e de gramas de carboidratos, ele é tão perigoso quanto os outros. “Para se ter uma ideia, em 100 gramas de açúcar refinado temos 99,5g de carboidrato, enquanto no mascavo a quantidade é de 94,5 gramas”, alerta a nutricionista.

Além disso, ele é absorvido pela corrente sanguínea na mesma velocidade e da mesma maneira que o refinado e o cristal, deixando as taxas de glicose quase no mesmo patamar que os outros tipos de açúcares.