Há doenças comuns entre os idosos que podem atrapalhar o tratamento do Alzheimer?

O mal de Alzheimer é uma doença conhecida por prejudicar a memória dos pacientes e que atinge principalmente os idosos. Esta faixa etária requer uma atenção especial, já que existem uma série de doenças que costumam surgir na terceira idade e que podem atrapalhar o tratamento do Alzheimer. Cabe ao cuidador ajudar na adoção de medidas para evitar uma perda significativa da qualidade de vida.

Diabetes pode intensificar sintomas do Alzheimer

“Muitos idosos com a doença de Alzheimer apresentam comorbidades, ou seja, doenças concomitantes. Muitas delas são fatores de risco para a piora nas funções cognitivas, como é o diabetes, por exemplo”, afirma o geriatra Leandro Minozzo. Segundo pesquisas, o diabetes pode atrapalhar a regulação do apetite, as funções motoras e até a memória, já prejudicada pelo Alzheimer.

Além disso, o médico precisa ficar atento a casos de arritmias cardíacas, desnutrição, bronquite e doenças do estômago. “Os principais efeitos adversos das medicações para Alzheimer podem interferir nessas situações. No entanto, profissionais com treino conseguem administrar bem a relação de comorbidades e o uso de muitos medicamentos”, diz o especialista.

Alzheimer pode prejudicar adesão a tratamentos de outras doenças, como a hipertensão

O tratamento de uma doença na terceira idade, quando o paciente também tem Alzheimer, traz alguns desafios, como fazer a indicação do tratamento e verificar quando ele deve ser suspenso, observar os efeitos das medicações e suas interações. Problemas na adesão ao tratamento de doenças comuns na velhice, como hipertensão arterial, ou seja, quando o paciente esquece de tomar o remédio, podem ser sinais iniciais de que as funções cognitivas não vão bem, além de ameaçarem a saúde do idoso.

Em alguns casos, o tratamento do Alzheimer pode sofrer modificações por causa da presença de outras doenças. “Isso é válido principalmente na fase grave da doença de Alzheimer. O tratamento tem como objetivo manter a qualidade de vida através da funcionalidade. Em casos de terminalidade, quando medidas de conforto devem ser priorizadas, por exemplo, o tratamento pode ser suspenso”, informa o geriatra.