O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta os idosos e que é conhecida principalmente pela redução progressiva da memória, além das capacidades de atenção e orientação. Com a piora do Alzheimer, os pacientes acabam perdendo sua autonomia e muitas atividades antes consideradas simples passam a oferecer risco aos idosos.
“A progressão do Alzheimer implica em um maior comprometimento cognitivo e funcional. Portanto, muitas atividades do cotidiano passarão a requerer supervisão ou auxílio, não necessariamente devendo ser excluídas da rotina”, afirma o geriatra Ricardo Komatsu, que cita atividades domésticas, como guardar as próprias roupas, desde que a condição do paciente permita.
O ideal é que a rotina do idoso portador de Alzheimer permaneça semelhante aos dias antes do diagnóstico. Mas, é claro, com as alterações necessárias que a doença requer. Por causa da perda da memória recente, o paciente não deve ser deixado sozinho enquanto utiliza o fogão, sob o risco de deixar a panela no fogo, nem manipulando facas e outros objetos cortantes devido às suas limitações físicas.
Para os cuidadores não ficarem perdidos, Komatsu explica que as atividades do dia a dia que devem ser mantidas são aquelas que o idoso gosta de fazer e é capaz de realizar sozinho sem colocar sua saúde em risco. Outras atividades devem ser feitas com supervisão do cuidador, de um familiar ou de um profissional da área da saúde.
Para dar mais qualidade de vida ao paciente com Alzheimer, é importante também iniciar novos passatempos. “Devem ser criadas atividades que fortaleçam os seis pilares da saúde cerebral: atividade física, como caminhada, hidroterapia e pilates, alimentação saudável, sono repousante, controle dos riscos à saúde por meio de acompanhamento médico regular, interação social com familiares, amigos e grupos da melhor idade, e estimulação cognitiva com palavras cruzadas, jogos de tabuleiro e livros de pintura”, cita o especialista.