A partir de qual idade o mal de Alzheimer pode ser diagnosticado?

O mal de Alzheimer é uma doença com duas características bastante conhecidas: é marcada pela perda progressiva da memória e a grande maioria dos pacientes afetados está na terceira idade. Como a doença não pode ser diagnosticada antes do surgimento dos sintomas, é importante ficar atento aos seus primeiros sinais de Alzheimer para receber o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado.

Alzheimer pode ser descoberto a partir dos 60 anos de idade

“Os sintomas surgem após os 60 anos, mas apesar disso, 4% a 5% das pessoas desenvolvem a doença de Alzheimer antes desta idade”, afirma a geriatra Daniela Fonseca de Almeida Gomez. Nestes casos, a causa do Alzheimer é hereditária e há pacientes que podem apresentar os sintomas ainda jovens, já a partir dos 30 anos de idade.

Inicialmente, a chamada memória recente é a mais afetada e o paciente esquece informações recentemente adquiridas ou aprendidas. Além disso, torna-se repetitivo e demora mais tempo para solucionar problemas no trabalho. “Muitas vezes, fica distraído, esquece compromissos e caminhos, podendo chegar a se perder. Pode ocorrer também alterações na personalidade e notamos o paciente deprimido ou ansioso“, diz a médica.

Diagnóstico do Alzheimer é feito com extensa avaliação clínica

Assim que as primeiras mudanças são percebidas, é essencial procurar o auxílio de um geriatra. O diagnóstico, que é mais difícil nos casos iniciais, é feito com base na avaliação da memória, da linguagem, da capacidade de orientação do paciente e de outras funções mentais. O especialista pode ainda solicitar exames, como tomografias e exame de sangue, para excluir a possibilidade de outras doenças.

Depois, é hora de iniciar o tratamento, que visa retardar a evolução do mal de Alzheimer. Uma das principais medidas é o uso de medicamentos. “Também podemos indicar reabilitação neuropsicológica, na qual a psicóloga utilizará estratégias para melhorar a capacidade cognitiva e  mecanismos para manter a realização das atividades da vida diária”, explica Daniela. A profissional recomenda também programar a vida depois do diagnóstico para otimizar o tempo e, assim, equilibrar trabalho e lazer.