O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa da memória e funções mentais em geral que acomete pessoas idosas, tendo em vista que um dos principais fatores de risco envolvidos é o próprio processo de envelhecimento. O tratamento tem efeito benéfico tanto na expectativa quanto na qualidade de vida do paciente.
“Acompanho pacientes com demência da doença de Alzheimer desde o tempo em que não havia tratamento para o problema e a qualidade de vida dos pacientes era menor. Atualmente, com a possibilidade do diagnóstico ser feito precocemente e da utilização de medicamentos como base do tratamento, a sobrevida aumentou acentuadamente, assim como melhorou a qualidade de vida dos pacientes”, afirma o geriatra José Eduardo Martinelli.
O tratamento do Alzheimer não recupera os danos já causados no cérebro, mas ele retarda a progressão da doença. Por isso, é fundamental que o diagnóstico seja feito o quanto antes, para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível. Dessa forma, é possível passar a controlar os sintomas ainda em um estágio satisfatório de lucidez e independência, aumentando as chances de manter o quadro nessas condições por mais tempo.
Os remédios possuem importância especial no tratamento do Alzheimer, já que, sem eles, é impossível conter o avanço devastador da doença. As medicações ajudam a aumentar os níveis da acetilcolina, um neurotransmissor crucial para as funções cerebrais que diminui de quantidade em função do Alzheimer. “A acetilcolina é o neurotransmissor mais acometido na doença. À medida que esta evolui, faz com que a substância deixe de ser produzida, praticamente”, pontua Martinelli.
Além dos medicamentos, o Alzheimer deve ser tratado com outras medidas que tenham como objetivo estimular a mente do paciente. Portanto, atividades que exercitem a cognição e a memória, como jogos, leitura e escrita ajudam bastante. Exercícios físicos também trazem benefícios, assim como a socialização frequente com familiares, amigos, já que conversar estimula positivamente a mente do idoso.