A H. pylori é uma bactéria que se aloja no estômago, provocando alterações na mucosa estomacal que podem levar a doenças mais graves, como úlceras gástricas e duodenais e câncer de estômago. O tratamento de H. pylori, além do uso de antibióticos, inclui também o uso de medicamentos para diminuir a secreção ácida estomacal e mudanças na alimentação, já que alguns alimentos podem estimular a acidez e aumentar as sensações de dor e desconforto no abdômen, muito comuns nesses casos.
“Para potencializar o tratamento, devemos diminuir o consumo de alimentos e bebidas que aumentam a secreção ácida do estômago. É indicado evitar a ingestão de café, chá preto, chá mate, chocolate, bebidas alcoólicas, bebidas com gás, sucos artificiais e frutas ácidas, como laranja, limão e morango. Também devemos evitar doces concentrados, frituras e alimentos gordurosos, molhos e condimentos ácidos ou picantes, enlatados e conservas”, recomenda a gastroenterologista Amanda Medeiros.
Outro cuidado importante com a alimentação é sempre higienizar corretamente verduras, frutas e legumes antes do consumo, uma vez que a ingestão de alimentos contaminados é uma das principais formas de transmissão da H. pylori. O contágio também pode ocorrer por meio do solo ou de água contaminada e pelo contato direto com a mucosa de uma pessoa infectada, pelo uso de talheres e itens pessoais compartilhados.
Segundo a médica, os sintomas e sinais são pouco específicos e podem ser confundidos com outros problemas no estômago. Na maioria dos casos, a infecção é assintomática, mas em outros, pode provocar desconfortos estomacais, má digestão, náuseas, vômitos e perda de apetite. “Diante da ampla possibilidade de manifestações clínicas, a infecção facilmente pode ser confundida com outras doenças gástricas, como dispepsia funcional, gastrite e úlceras ocasionadas pelo uso de anti inflamatório”, cita a especialista.
Por isso, é fundamental buscar ajuda médica assim que surgirem os primeiros sintomas. Dessa forma, o tratamento de H. pylori pode ser iniciado e pode-se prevenir complicações mais graves, como o câncer de estômago. O diagnóstico pode ser realizado por meio de exames de fezes ou de sangue, por um teste respiratório com ureia e até por métodos mais invasivos, como a biópsia e a endoscopia.