A doença de Alzheimer é um transtorno visto normalmente nos idosos e que provoca a perda progressiva das capacidades cognitivas, como a memória, a atenção e a linguagem, devido à degeneração do cérebro. Entretanto, comparando a memória de curto prazo com a de longo prazo, há uma percepção de que os pacientes perdem a de curto prazo com mais facilidade. Será que isso é verdade?
“As primeiras regiões nas quais as lesões da doença se instalam são justamente os hipocampos, estruturas cerebrais que fixam a memória”, afirma o geriatra e nutrólogo Leandro Minozzo. É por isso que os pacientes com Alzheimer vivem um acontecimento ou recebem um recado e, em poucos minutos, não conseguem mais se lembrar.
No entanto, de acordo com o especialista, o Alzheimer acaba se espalhando por todo o sistema nervoso e com o avanço da doença, outras regiões do cérebro também são afetadas. É o caso da linguagem, da função executiva, da capacidade de orientação e das memórias mais antigas, que logo começam a se perder também.
Realizar o tratamento de forma integral é uma das principais maneiras de reduzir a velocidade da perda da memória. “Refiro-me desde a alimentação aos exercícios físicos, passando pelo controle de glicemia e nutrientes até o uso de medicamentos. A pessoa deve ser analisada e tratada como um todo”, defende o profissional. Entre as medicações estão os inibidores da acetilcolinesterase, que podem estabilizar ou diminuir a velocidade da perda de funções cognitivas e o surgimento de alterações psicológicas e de comportamentos.
“Nas fases iniciais, uma alternativa interessante é a reabilitação cognitiva que, em termos leigos, seria uma fisioterapia cerebral”, recomenda o geriatra. Minozzo acredita que é necessário identificar os sintomas da doença o quanto antes para iniciar as diferentes abordagens do tratamento, que visam estabilizar as perdas cognitivas e funcionais e garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes.