Apesar de atingir mais as mulheres, a osteoporose tende a ser mais grave no caso dos homens. Estudos mostram um percentual de fraturas iniciais maior para elas, mas, por outro lado, indicam que a recorrência é maior para os homens. Ou seja, eles costumam ter mais fraturas subsequentes após a primeira. Ainda não entendeu? A gente te explica!
“Geralmente, essa maior ocorrência de fratura nos homens se deve a um diagnóstico tardio”, afirma a endocrinologista Mariana Guerra. A tendência de indivíduos do sexo masculino cuidarem menos da saúde faz com que eles descubram a osteoporose já em fase avançada, o que resulta em maior perda de massa óssea e, consequentemente, mais casos de fraturas.
O desenvolvimento de osteoporose em homens também acontece em função de baixa hormonal, assim como no caso das mulheres, porém de maneira menos acentuada. Nos homens, a queda é gradual. Portanto, o comprometimento do tecido dos ossos também tende a se dar aos poucos.
“Tanto em homens, quanto em mulheres, a osteoporose pode ter causa secundária, que envolve hábitos de vida ou intercorrências. Por exemplo, uso de corticoides, tratamento para câncer de próstata, consumo de álcool, tabagismo, entre outros. Já as causas primárias são em decorrência do envelhecimento e da deficiência hormonal (no caso dos homens, a testosterona)”.
Apesar de estudos apontarem a osteoporose como sendo mais grave nos homens em função da descoberta tardia que compromete o tecido, a associação entre gênero, mortalidade e osteoporose ainda precisa ser investigada mais a fundo. O que se sabe ao certo é que o envelhecimento e a deficiência hormonal contribuem para a doença. “Por isso, recomenda-se a avaliação rotineira por densitometria óssea. Em homens, deve ser feita a partir de 70 anos de idade”.
Dra. Mariana Guerra é endocrinologista, formada pela Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória e atua em Vitória (ES). CRM-ES: 7019