A hipertensão refratária, um tipo grave da doença no qual o paciente apresenta maior resistência ao tratamento, exige mais cuidados do que o normal, já que se trata de um quadro mais difícil de controlar. De acordo com o Dr. Gabriel Dotta, mestre em Cardiologia certificado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o tratamento deste tipo específico de hipertensão é feito com associação de medicações ou procedimentos, dependendo se a causa for secundária (ou seja, algum problema anterior desencadeia a hipertensão refratária) e com possibilidade de cura.
“O tratamento em questão requer mais atenção do que o normal, pois antes de taxar a hipertensão como refratária é necessário excluir as causas secundárias. É importante ressaltar que a hipertensão refratária é aquela que não é controlada após modificações de qualidade de vida e associação de mais de três medicações, sendo uma delas um diurético”, explica o médico.
Ainda segundo o especialista, além da , é necessário que o paciente diagnosticado com hipertensão refratária realize uma intensificação das mudanças de estilo de vida necessárias para controle dos sintomas envolvidos. Ou seja, redução drástica do consumo de sódio na alimentação, prática regular de atividade física, não fumar em ocasião alguma, comer de forma saudável, dentre outras coisas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, também são fundamentais para o controle do quadro de pressão alta os seguintes cuidados: evitar estresse/nervosismo no dia a dia; diminuir o consumo de bebida alcoólica; evitar o tabagismo; praticar exercícios físicos; controlar o peso; buscar sempre elementos naturais na alimentação em detrimento de industrializados, processados, embutidos e enlatados.
“O principal desafio do tratamento da hipertensão refratária é o diagnóstico preciso pelo médico. Por isso, sempre que houver suspeita o paciente deve consultar um especialista”, orienta o profissional. A Sociedade Brasileira de hipertensão também recomenda e enfatiza que o paciente converse sempre com seu médico, compareça a todas as consultas e não abandone jamais o tratamento.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia: http://departamentos.cardiol.br/dha/vidiretriz/09-cap05.pdf
Foto: Shutterstock