O Ministério da Saúde, diante da pandemia da COVID-19, orienta que a população adote algumas medidas de higiene para evitar a proliferação do novo coronavírus. Entre as principais recomendações estão lavar as mãos com água e sabão, prestando atenção à limpeza de dedos, unhas, punho, palma e dorso, e utilizar também o álcool em gel 70%, garantindo a assepsia não só das mãos, mas também de objetos de uso pessoal. Será que esses cuidados redobrados com a higiene podem ajudar a reduzir os índices de contaminação de outros micro-organismos, como as parasitoses intestinais? Descubra!
A gastroenterologista Amanda Medeiros explica que a transmissão das parasitoses intestinais pode ocorrer devido a problemas de saneamento básico, em locais em que as pessoas têm contato com água e alimentos contaminados, muitas vezes, levados à boca por meio das mãos sujas. “Os cuidados com a higiene, além de matar germes como o novo coronavírus, também matam vermes e protozoários existentes nas mãos, evitando que o indivíduo se contamine e adquira parasitoses intestinais”, destaca a médica.
“Além da higienização das mãos, que deve ocorrer frequentemente, principalmente antes das refeições, antes de manipular e preparar alimentos e após ir ao banheiro, deve-se andar sempre com os pés calçados, beber somente água filtrada ou fervida, manter limpos a casa e o terreno ao redor, evitando a presença de insetos e ratos, e cozinhar bem os alimentos ou, em caso de serem consumidos crus, deixá-los de molho por 30 minutos em água com hipoclorito de sódio a 2,5%”, recomenda a especialista.
Alguns casos de parasitoses intestinais podem ser assintomáticos ou com poucos sintomas, principalmente em pessoas com boa imunidade e sem outros problemas de saúde. No entanto, é importante ficar atento para alguns sinais que podem ser provocados pelas parasitoses, como anemia e desnutrição, para evitar complicações mais graves, como inflamação intestinal e má absorção de nutrientes, que podem até mesmo atrapalhar o desenvolvimento físico e cognitivo no longo prazo.
“Os quadros graves e até letais ocorrem em doentes com maior carga parasitária, imunodeprimidos e desnutridos. As manifestações das parasitoses vão depender do agente agressor e da suscetibilidade do hospedeiro. Podem ocorrer os seguintes sintomas: vômito, diarreia, sangramento nas fezes, dor abdominal, prurido anal, obstrução intestinal, tosse e infiltrado pulmonar”, alerta a médica.
Dados do Ministério da Saúde: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46540-saude-anuncia-orientacoes-para-evitar-a-disseminacao-do-coronavirus