Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), as parasitoses intestinais são as doenças mais comuns do mundo, afetando aproximadamente 25% da população mundial. Os sintomas de diarreia, vômito e dor abdominal muitas vezes não são levados a sério e, por isso, nem sempre a ajuda médica é buscada de imediato. Entenda abaixo quais são os perigos de não tratar uma parasitose intestinal.
“Diversas são as parasitoses e a falta de tratamento pode ser perigosa. A pessoa pode ficar desnutrida, anêmica, sem energia, ter dores abdominais, diarreia e, em casos extremos, obstrução intestinal e até uma infestação por todo o organismo”, alerta a gastroenterologista Marta Deguti.
Os sintomas de um quadro de parasitose intestinal são pouco específicos. Por isso, é fundamental buscar auxílio médico assim que perceber os primeiros sinais. Dessa forma, o paciente pode receber o diagnóstico o quanto antes para, em seguida, começar o tratamento, evitando complicações mais graves, como anemia.
As parasitoses mais comuns são amebíase, giardíase, ascaridíase, ancilostomíase, mais conhecida como amarelão, enterobíase e teníase. Em todos os casos, a transmissão tem relação direta com as condições sanitárias e de higiene em que a pessoa está inserida, já que o contágio acontece pelo contato com terra, alimentos ou água contaminados.
Para evitar essas infecções, a SBMFC recomenda adotar algumas medidas de prevenção, como lavar bem os alimentos com água potável, cozinhar ou assar bem carnes e alimentos que apresentam risco de contaminação, ferver e filtrar a água, lavar as mãos antes de comer, andar sempre calçado e evitar contato com terra ou lama que possam estar contaminadas.
Segundo a médica, o tratamento pode variar de acordo com o tipo de parasitose e com o grau de comprometimento da saúde do paciente. “Cada pessoa deve ser aconselhada individualmente pelo seu médico. Existem medicamentos antiparasitários bastante eficientes e seguros para tratar, às vezes, em até uma única dose e outros em poucos dias”, explica a especialista.
Dados da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC): https://www.sbmfc.org.br/parasitoses-intestinais/