A úlcera estomacal nada mais é do que uma ferida no estômago que pode ser provocada por diversos fatores. Em casos específicos, ela pode causar perfuração no órgão, o que agrava ainda mais o quadro e torna o tratamento mais desafiador. O ideal é que o paciente busque iniciar o tratamento logo após os primeiros sintomas para evitar que o problema chegue nesse nível.
“Dependendo do tempo da doença, tamanho da úlcera e sua causa, a úlcera estomacal pode perfurar o estômago ou duodeno. O risco é maior em pacientes que já apresentam histórico de gastrite ou úlcera e possuem outras doenças associadas, como doenças pulmonares, cardiovasculares, neurológicas, diabetes e insuficiência hepática e renal”, informa a gastroenterologista e hepatologista Fernanda Oliverio.
Segundo a especialista, a úlcera estomacal é causada por um desequilíbrio entre os fatores que danificam a mucosa que reveste o estômago e aqueles que a protegem. Esse desequilíbrio pode ser causado por diversos fatores, como tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, dieta inadequada, infecção pela bactéria Helicobacter pylori e uso de algumas medicações como anti-inflamatórios e AAS (ácido acetilsalicílico).
“Procurar assistência médica logo no início dos sintomas da doença ulcerosa péptica (dor abdominal, queimação ou azia, náusea ou vômitos, distensão abdominal, vômito com sangue ou fezes enegrecidas e mal cheirosas) é essencial para um diagnóstico precoce e para que a doença não evolua a uma eventual perfuração”, afirma a médica.
O tratamento medicamentoso é outro ponto importante no tratamento contra a úlcera estomacal e para evitar uma decorrente perfuração do estômago. Contudo, o uso indiscriminado de medicações sem orientação médica é fortemente desaconselhado, pois algumas podem apenas mascarar os sintomas e não tratar a doença adequadamente. “Deve-se evitar o uso de medicamentos que possam ser prejudiciais ao estômago”, alerta Oliverio.