As parasitoses intestinais, no geral, se apresentam como infecções provocadas por diferentes agentes. No caso da criptosporidíase, este agente é o Cryptosporidium. Em relação aos sintomas, pode haver variações entre cada quadro, mas, no geral, dá para encontrar pontos em comum, como dor abdominal, enjoo, vômito e diarreia.
“A doença caracteriza-se por um quadro de diarreia geralmente líquida, sem presença de sangue ou pus e persistente (mais de 1 a 2 semanas), associada a dor abdominal, náuseas, vômitos e, às vezes, desidratação e febre. Os sintomas podem aparecer em ciclos, com uma fase de melhora e outra de piora do quadro”, informa a gastroenterologista e hepatologista Fernanda Oliverio.
Segundo a especialista, a ocorrência da criptosporidíase está vinculada, principalmente, aos pacientes imunodeprimidos. Dentre estes, destacam-se aqueles infectados pelo vírus do HIV, com câncer, transplantados ou em uso de drogas imunossupressoras. A duração dos sintomas relativos à doença é estimada em 10 dias (média).
“Esta parasitose intestinal, assim como as demais, é causada pela ingestão acidental do agente infectante (Cryptosporidium), seja por meio de alimentos ou água contaminados com fezes de animais ou de seres humanos infectados, ou pelo contato direto entre pessoas, animais ou pessoa-animal”, afirma a médica.
O tratamento de base contra a criptosporidíase exige do paciente manter uma boa hidratação; dieta balanceada com restrições a alguns alimentos que tendem a piorar o quadro de diarreia; e uso de medicamentos sintomáticos. “Também é possível associar nos pacientes medicação específica para o tratamento da criptosporidíase”, conclui Oliverio.