O transtorno do pânico é uma doença psiquiátrica ligada a níveis exagerados e perigosos de ansiedade. O problema provoca crises inesperadas e que são bastante impactantes para o doente, envolvendo tanto sintomas físicos quanto psicológicos. A ajuda de amigos e familiares é importante para que o paciente passe pela crise de pânico de forma menos traumática.
“Uma crise de pânico é um período muito angustiante e inconfundível, de imenso medo ou temor, em que os sintomas do transtorno do pânico atingem seu ápice em 10 minutos, podendo se estender por até 50 minutos“, explica o psiquiatra Alexandre Proença. Entre os sintomas mais frequentes estão enjoo, suor frio, tremores, palpitações, taquicardia, fraqueza nas pernas e sensação de desmaio.
Segundo o profissional, a melhor forma de ajudar um paciente durante uma crise do pânico é tentar acalmá-lo. Para isso, vale recorrer a técnicas de respiração e meditação. Muitas vezes, quem está por perto pode auxiliar o doente a tomar a medicação prescrita especificamente para as crises.
Quem passa pela crise acredita que vai morrer ou que coisas muito ruins estão prestes a acontecer. O pior é que esses pensamentos dificilmente podem ser controlados. As pessoas próximas podem ajudar a redirecionar a mente para pensamentos positivos, tirando ou pelo menos ajudando a diminuir a sensação de medo do familiar ou amigo.
De acordo com o médico, ter uma crise de pânico nem sempre é sinal de que o tratamento precisa ser revisado pelo psiquiatra. “É comum que os pacientes ainda tenham algumas crises no início do tratamento. Com o tempo elas tendem a ser menos intensas e em menor frequência. Mas, caso exista uma permanência dos sintomas, é recomendável ajustar o tratamento“, aconselha Proença.
Dr. Alexandre Proença é psiquiatra, com residência médica em Psiquiatria pela Fundação Municipal de Saúde de Niterói (FMS/HPJ) e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). CRM-RJ: 52905674