As crises hipertensivas atingem pessoas que já possuem o diagnóstico de hipertensão ou aquelas que têm, mas não sabem e, portanto, não fazem uso de qualquer medicamento para controlar a pressão. As crises são classificadas em dois tipos: Urgência hipertensiva, que se caracteriza pela elevação pressórica sem dano agudo de órgãos-alvo, ou seja, sem risco imediato de vida e com a possibilidade de controle da pressão de forma gradual, em geral nas 24 horas iniciais; e a emergência hipertensiva, onde há sinais de lesão de órgãos-alvo (encefalopatia, infarto ou angina, AVC, etc) e há necessidade de controle imediato de pressão arterial.
Entenda a crise hipertensiva
Essas situações ocorrem devido ao descontrole da pressão arterial, que aumenta rapidamente por causa da elevação do número de substâncias que contraem os vasos sanguíneos. “O mecanismo gera lesão na camada da artéria com consequente perda no mecanismo de autorregulação da pressão do organismo e, assim, acometimento dos órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e olhos”, afirma a cardiologista Bruna Baptistini.
A médica diz que a maior parte dos sintomas está ligada às consequências das crises hipertensivas em órgãos do corpo, devido à rápida instalação de uma pressão arterial muito elevada. Podem ser citados tontura, convulsões, falta de ar, escurecimento da vista e dor forte no peito, na nuca e na cabeça.
Reação deve ser imediata e automedicação não é indicada
Se você ou algum conhecido sentir alguns dos sintomas de uma crise hipertensiva, é preciso procurar imediatamente atendimento médico próximo. Se os sintomas forem muito fortes, deve-se ligar para a emergência a fim de que a pessoa seja encaminhada a um hospital ou pronto-socorro.
Segundo a cardiologista, o uso indiscriminado de remédios não é recomendado nessas situações. “Pacientes que passaram por crises hipertensivas estão expostos a um maior risco futuro de eventos cardiovasculares se comparados com hipertensos que não as apresentam”, conta Bruna. Ela alerta para a necessidade de um rigoroso controle da pressão arterial com mudanças comportamentais, como a prática de atividades físicas e manutenção do peso adequado, e também com medicações prescritas por um profissional.