Infarto: entenda os efeitos no corpo dessa condição que é um grande risco para quem sofre de hipertensão

O infarto é um sério problema de saúde que atinge o coração e o sistema circulatório em geral. Os sintomas mais comuns são dor no peito, no pescoço e no braço. Em parte dos casos, entre uma ou duas semanas antes do infarto, o corpo emite sinais de que algo está errado. São enjoos, queimações no estômago e dores nas costas que passam e não levantam qualquer suspeita.

Os efeitos no coração

Na hora do infarto, as células do músculo cardíaco, conhecido como miocárdio, começam a morrer devido às baixas quantidades de oxigênio e nutrientes que chegam ao coração. “Nesse período, o coração fica atordoado, com uma instabilidade elétrica que pode provocar arritmias graves e até uma parada cardíaca, dependendo do tamanho e da região onde ocorreu essa morte celular”, explica a cardiologista Caroline Nagano.

O médico Daniel Santos, também cardiologista, destaca o aparecimento de uma dor torácica, conhecida como angina, em situações em que a artéria é obstruída em mais de 70%. “Tipicamente, o episódio de angina dura alguns minutos. Normalmente, é precipitado por exercício físico ou estresse emocional, com frequente melhora ou alívio com repouso”, alerta.

O tipo mais comum de infarto ocorre devido ao acúmulo de placas de gordura nas artérias, que causam entupimento e impedem a circulação do sangue. Sem oxigênio e nutrientes, os outros órgãos do corpo não conseguem trabalhar adequadamente. Fumar, ter colesterol alto, ter predisposição genética, ser diabético, hipertenso, obeso ou sedentário são algumas das condições que propiciam a ocorrência do problema.

Agilidade no atendimento

Se você ver alguém sofrer um infarto, é preciso agir rapidamente. Para isso, torna-se importante suspeitar ou reconhecer os sintomas e se deslocar para um hospital ou pronto-socorro. “Quanto mais tempo sem o tratamento adequado, maiores serão as chances de complicações. A maioria das mortes ocorre nas primeiras horas de dor e antes de chegar ao hospital”, afirma Caroline.

Santos defende a difusão de conhecimentos sobre o atendimento básico para paradas cardíacas, em que é preciso avaliar o estado de consciência do indivíduo, acionar a emergência e fazer a massagem cardíaca. “Os leigos devem ser orientados a iniciar pelo menos as compressões torácicas, sem respiração boca a boca, se a vítima não responder, não se mover e não respirar”, avalia.

Para evitar que um infarto aconteça novamente, é fundamental uma mudança no estilo de vida, que passa pelo uso correto de medicamentos, pela prática de exercícios físicos e por uma melhor alimentação. Nagano alerta também que a possibilidade de ter um infarto é maior naqueles que já o sofreram anteriormente.