A febre consiste na elevação da temperatura corporal acima de 37,8ºC e possui diversas causas. A mais conhecida e temida é a infecção, mas esse sintoma também tem relação com inflamações, doenças crônicas autoimunes e uso de medicações. É comum a febre ser acompanhada de calafrio, que são contrações rápidas e involuntárias dos músculos, gerando uma sensação de arrepios pelo corpo.
“Durante a febre causada por infecção, algumas substâncias, chamadas de pirógenas, são liberadas na corrente sanguínea e atingem o centro da temperatura, localizado no hipotálamo, e ajustam essa espécie de termostato para cima. Em resposta a esse reajuste da temperatura, nosso corpo tenta produzir calor, por isso ocorrem os calafrios”, explica o clínico geral Caio Matsubara.
O calafrio é um mecanismo natural do corpo para gerar calor quando sente frio. Quando o corpo não está exposto a um ambiente particularmente frio, costumam indicar a presença de febre. “Nem toda febre irá cursar com calafrio. Isso vai acontecer apenas se houver ajuste no termostato cerebral, ou seja, dependerá da causa da febre”, explica Matsubara.
Quando o calafrio se faz presente, é aconselhado se agasalhar e medir a temperatura para conferir se há febre. Caso a temperatura corporal esteja de fato elevada, deve-se tomar um banho morno e evitar permanecer em locais quentes. Caso os calafrios se mantenham constantes, recomenda-se procurar um médico para investigar se há algum quadro mais complexo por trás do sintoma.
O uso de remédios para febre ajuda a controlar a temperatura elevada e as demais sensações associadas, como o calafrio. “Os medicamentos para febre atuam inibindo a ação das substâncias pirógenas no centro regulador da temperatura, voltando o termostato para a temperatura normal. Assim, ocorrem efeitos reversos no organismo, visando a perda do calor acumulado, tais como suor, rubor facial e vasodilatação, o que leva à queda da temperatura”, completa o médico.
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