Mal de Parkinson: quais são as fases e os primeiros sinais de alerta da doença

O Mal de Parkinson é um distúrbio do sistema nervoso central causado pela morte das células cerebrais que controlam os movimentos do corpo humano. Embora essa doença seja muito falada, nem todo mundo sabe que ela é dividida em estágios e gera uma série de sinais de alerta que vão além dos característicos tremores nas mãos. Para esclarecer essas e outras informações sobre o Parkinson, a equipe do Cuidados Pela Vida entrevistou a geriatra Thaisa Motta. Confira!

Conheça as 5 fases da doença de Parkinson

A especialista revela que existem diversas escalas para classificar a evolução da doença de Parkinson. Uma das mais utilizadas na prática clínica é a de Hoehn & Yahr, que consiste em 5 estágios:

Estágio 1) Os sintomas são vistos em apenas um lado do corpo (tremor com rigidez e lentificação dos movimentos).

Estágio 2) Os sinais são bilaterais e há uma mudança na marcha. “O paciente caminha com passos mais curtos e lentos e o tom de voz pode ficar mais baixo. Porém, a independência se mantém preservada”, garante a médica.

Estágio 3) Os sintomas ficam mais evidentes, começa a alteração no equilíbrio e as quedas ficam frequentes. Necessita-se de auxílio de terceiros para as atividades cotidianas.

Estágio 4) Os sintomas se tornam incapacitantes e há necessidade de ajuda para andar. “Nesse momento, é fundamental a presença de um cuidador ou familiar durante todo o tempo”, orienta a Dra. Thaisa.

Estágio 5) É necessário o auxílio de cadeira de rodas para locomoção, sendo que alguns pacientes se tornam acamados. Pode ainda apresentar delírios ou alucinações.

Os primeiros sinais de alerta do mal de Parkinson

Pode ser uma novidade para muita gente, mas, na maioria dos pacientes, a doença de Parkinson se manifesta com os sintomas não motores. “Eles consistem em constipação intestinal, hiposmia (dificuldade para sentir cheiros), distúrbios do sono REM e depressão”, cita a médica. Já os sinais motores podem aparecer anos depois, quando o Parkinson já estiver estabelecido. “É o caso do tremor de repouso assimétrico (mais perceptível em um lado do corpo do que no outro), rigidez e marcha lentificada com flexão do tronco ao deambular”, cita a geriatra.

Como viver com a doença de Parkinson? 

Embora não tenha cura, o mal de Parkinson pode e deve ser tratado. Os especialistas mais indicados são os neurologistas e os geriatras, no caso de pacientes com mais de 60 anos de idade. “A terapia consiste no tratamento medicamentoso (com medicações que atuam na dopamina) e não medicamentoso (exercício físico, alimentação balanceada, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional). Em casos selecionados, quando as medicações se tornam refratárias, é possível ainda um implante de eletrodos de estimulação cerebral profunda (DBS)”, indica a especialista.

Para cada caso existe um tipo específico de tratamento e o importante é ficar atento aos sinais que seu corpo dá, não só nos tremores, que, muitas vezes, podem aparecer no estágio avançado da doença. Além disso, é importante destacar que há pacientes que precisarão da ajuda de amigos, familiares e cuidadores para se alimentar, trocar de roupa e se movimentar.

Por fim, lembre-se de procurar um médico assim que perceber os sinais e sintomas!